O sistema de transmissão da energia de Belo Monte vai operar com restrições até que sejam identificadas as causas do apagão da última quarta (21). Projetado para operar com até 4 mil megawatts (MW), a linha que sai da usina poderá levar, no máximo, 1,7 mil MW.
O sistema de transmissão da energia de Belo Monte vai operar com restrições até que sejam identificadas as causas do apagão da última quarta (21). Projetado para operar com até 4 mil megawatts (MW), a linha que sai da usina poderá levar, no máximo, 1,7 mil MW.
A restrição foi anunciada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em boletim de planejamento da operação divulgado nesta sexta (23). O blecaute foi provocado por erro no ajuste do sistema de proteção de um disjuntor, que estava preparado para operar com volume menor de energia.
No momento do apagão, o sistema operava com 3,7 mil MW. A subestação e as linhas de transmissão de Belo Monte foram inauguradas em dezembro e havia recebido, no dia do apagão, autorização para atingir sua capacidade máxima.
Naquele mesmo dia, ele havia sido autorizado a atingir sua capacidade máxima, diante da avaliação, pelo ONS de que os testes iniciais haviam sido bem sucedidos.
O apagão atingiu 13 estados das regiões Norte e Nordeste, deixando cerca de 70 milhões de pessoas sem luz. No Sudeste e no Centro-Oeste, distribuidoras tiverem que fazer cortes isolados para evitar que o problema se alastrasse para o resto do país.
O ONS anunciou que espera finalizar as investigações em dez dias. Nesse processo, vai tentar entender a razão para o erro no ajuste, que pode ser resultado de falha humana ou de problema no equipamento.
Com a abertura do disjuntor, houve interrupção no fluxo de energia da usina para a subestação, evento que derrubou a instalação e, em seguida, as redes de transmissão das regiões Norte e Nordeste.
Nesta sexta, a Belo Monte Transmissão de Energia (BMTE), que é operadora da subestação onde ocorreu o problema, disse que houve operação indevida do sistema de proteção do disjuntor. Mas negou falha no equipamento.
A BMTE é controlada pela chinesa State Grid e tem como sócias as subsidiárias da Eletrobras Furnas e Eletronorte. A empresa diz que sua área técnica está analisando as causas do desligamento, que ocorreu às 15h48 de quarta.
Com informações da Folhapress.