Em entrevista à revista Maire Claire a candidata Marina Silva afirmou que para se prevenir de possíveis crimes como violência sexual, ela e as irmãs levavam uma espingarda e que apenas uma delas era hábil no manuseio.
O discurso é contraditório com a posição da candidata, conforme apresentou no programa Mariana Godoy Entrevista, na RedeTV! que foi ao ar em junho deste ano.
Em entrevista à revista Maire Claire a candidata Marina Silva afirmou que para se prevenir de possíveis crimes como violência sexual, ela e as irmãs levavam uma espingarda e que apenas uma delas era hábil no manuseio.
O discurso é contraditório com a posição da candidata, conforme apresentou no programa Mariana Godoy Entrevista, na RedeTV! que foi ao ar em junho deste ano.
Confiram abaixo e tirem suas próprias conclusões
1) Entrevista à Maire Claire:
Maire Claire: Já sofreu algum tipo de violência sexual?
Marina Silva: Nunca. Quando éramos crianças, tínhamos uma espingarda. Eu e minhas irmãs a levávamos para cortar a seringa. Só uma delas sabia atirar e a gente se dividia na estrada para fazer o serviço mais rápido. Ou seja… não adiantava muita coisa. Mas havia esse medo porque éramos ali talvez as únicas mulheres que cortavam seringa. Minha mãe tinha medo por ser um espaço dos homens.
2) Entrevista à Mariana Godoy:
Mariana Godoy: Uma das preocupações do eleitor hoje é com a questão da segurança, e este é o discurso de centro do candidato Bolsonaro por exemplo. Quais são as suas propostas para o setor de segurança pública?
Marina Silva: Em primeiro lugar não é essa ideia de que violência a gente combate com mais violência. O estado é que tem a obrigação de proteger as pessoas, não é liberando o porte de arma para que cada um faça sua defesa pessoal. (…) obviamente que não é estimulando mais violência, como se agora as pessoas fossem se defender com as suas próprias mãos, isto só vai gerar mais descontrole e violência!
Ficam sem resposta as seguintes questões:
Por que para Marina Silva e sua família, quando o estado não estava presente, as armas foram uma opção válida e para as outras pessoas esta opção só geraria mais violência?
O que ela e a família dela tem de melhor do resto do país, que em suas próprias palavras parece ser composto por homicidas em potencial?
Por que para ela e sua família as armas não foram geradoras de descontrole e violência?
Seríamos nós brasileiros todos (exceto a candidata e sua família, claro) homicidas, violentos e descontrolados?
Permanecemos não apenas sem saber, mas também convivendo com índices alarmantes. Segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2017 foram 63.880 homicídios, o que representou 175 assassinados por dia, a massa carcerária até 2016 era de 729.463 e a parte mais contraditória (segure-se na cadeira aí, leitor, sim você mesmo!): 119.484 armas de fogo foram apreendidas em 2017, das quais 94,9% das armas apreendidas no ano não foram cadastradas no sistema da Polícia Federal (SINARM).
A entrevista da Marie Claire foi também de extrema utilidade e prestação de serviço ao público indeciso, pois contou parte importante da trajetória da candidata:
Depois disso, a trajetória já se tornou célebre: aprendeu a teologia da libertação, uniu-se a movimentos de esquerda, ajudou a fundar a CUT e o PT em seu estado.
Foi vereadora, deputada, senadora e ministra, até que compôs a equipe do alto escalão do governo Lula.
Cruzem os dados da segurança pública, as posições da candidata, sua trajetória e tirem suas próprias conclusões.
Com informações de: Maire Claire, Mariana Godoy Entrevista – RedeTV! e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.