O ex-prefeito de Cuiabá, o democrata Mauro Mendes voltou a atacar nesta quinta-feira (26), o governador Pedro Taques (PSDB), ao revelar que o gestor tucano seria o culpado pela situação em que Mato Grosso se encontra. De acordo com Mendes, as dificuldades vividas pelo Estado, criadas por Taques, por si só já é uma justificativa para o rompimento da aliança entre os dois.
O ex-prefeito de Cuiabá, o democrata Mauro Mendes voltou a atacar nesta quinta-feira (26), o governador Pedro Taques (PSDB), ao revelar que o gestor tucano seria o culpado pela situação em que Mato Grosso se encontra. De acordo com Mendes, as dificuldades vividas pelo Estado, criadas por Taques, por si só já é uma justificativa para o rompimento da aliança entre os dois.
Negando, inclusive, qualquer possibilidade de ser candidato a vice-governador na chapa do governador Pedro Taques (PSDB), nas próximas eleições. A ideia teria sido lançada pelo deputado estadual Wilson Santos (PSDB), na semana passada, numa tentativa de manter Mauro e o DEM na base aliada de Taques.
Mauro e Taques são aliados desde 2010, ainda nas eleições que elegeu Taques ao Senado, e ele[Mendes] perdeu, paralelamente, a Governadoria do Estado. Na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, Mauro foi a cabeça de chapa, tendo como vice, o ex-prefeito de Lucas do rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), perdendo para Silval Barbosa. Dois anos mais tarde, em 2012. Mendes se elegeu como prefeito de Cuiabá, agora já com o apoio do atual governador.
Mesmo tendo um passado de aliança, o ex-prefeito de Cuiabá, declara que não concorda com a forma do gestor tucano, sob a justificativa de que Taques estaria ‘afundando’ o Estado.
“Não quero mal a Taques, mas acredito que ele não tem mais condições de administrar o Estado. Sua gestão é um verdadeiro caos, a saúde está doente, fornecedores e poderes estão sem receber, obras estão paralisadas e há ainda escândalos que vêm ocorrendo em sua gestão como os desvios na Seduc e o caso dos grampos”, disse Mauro Mendes.
O ex-chefe do Executivo municipal ainda lembrou que o governo tinha restos a pagar de R$ 800 milhões da antiga gestão, quando Taques assumiu. E hoje as dívidas chegam a R$ 3 bilhões e pode chegar até R$ 4 bilhões no final do mandato.
Assim, ainda dispara Mendes, o sentimento é de decepção, pontuando ainda que a crise acabou em 2016, quando o Estado teve um desempenho pífio. ‘Mas nada justifica o desempenho da administração no ano passados e nestes primeiros meses de administração’.
Outra mágoa revelada por Mendes são os ataques que Taques tem feito contra ele e Pivetta, seus maiores aliados nestes últimos anos, de que ambos foram para a oposição por não terem tidos seus interesses atendidos. E, sobretudo, que ele[Taques] teria furado a fila dos milionários que desejaram a Governadoria do Estado mas não tiveram votos para assegurar a vitória.
‘Foram estas insinuações, dentre outras, que me deixaram bastante confortável para assinar o manifesto contra sua reeleição este ano’.
Na última terça-feira (24), as lideranças assinaram uma carta apontando os motivos para o rompimento com Taques. Ao todo, 31 agentes políticos atestaram o manifesto e afirmaram não desejar apoiar a reeleição do governador.
“Os sentimentos de decepção e frustração, estão sendo compartilhados por milhares de mato-grossenses. Acreditamos que em 2014, Pedro Taques seria corajoso para tomar as medidas necessárias de transformação que a população tanto almejava, não fez. Com o passar do tempo e com profunda tristeza, constatamos que nada disso ou muito pouco aconteceu”, escreveram os líderes, na carta.