Centenas de milhares de pessoas estão nas ruas de Barcelona neste domingo (29) para protestar contra a declaração de independência da Catalunha. Os organizadores falam em 1,1 milhão de pessoas, mas ainda não há dados oficiais das autoridades.
Centenas de milhares de pessoas estão nas ruas de Barcelona neste domingo (29) para protestar contra a declaração de independência da Catalunha. Os organizadores falam em 1,1 milhão de pessoas, mas ainda não há dados oficiais das autoridades.
Entre a multidão, há cartazes que destacam o "orgulho de ser catalão", mas pedem a permanência da região na Espanha. Em vários deles, há contestações sobre os resultados do referendo pró-separação. "38% não é a Catalunha", diz um deles.
No referendo do início do outubro, segundo dados divulgados pelo governo regional, 43% dos moradores da Catalunha foram às urnas e mais de 90% deles se mostraram favoráveis à independência.
Quem também engrossou o coro contra a independência foi o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, durante um evento na Itália.
"Ninguém pretende reconhecer a independência da Catalunha, que é uma região da Espanha. Trata-se apenas da vontade de uma minoria e de um governo que não teve sequer força de fazer um referendo legítimo", disse o italiano.
Puigdemont
Destituído do cargo de presidente catalão, Carles Puigdemont pode pedir asilo político na Bélgica, é o que informa a mídia do país citando fontes do governo. Isso porque, desde que o Parlamento declarou a independência, há rumores de que o líder pode ser preso já no início desta semana.
Neste domingo, o secretário belga para o Asilo e a Migração, Theo Francken, afirmou que o governo de seu país "ainda não recebeu nenhum pedido", mas afirmou que as "coisas podem evoluir muito rapidamente".
"Quando vemos a situação, a repressão de Madri e as condenações que eles estão correndo o risco de sofrer, nós podemos nos questionar se haverá um processo justo", destacou Francken reconhecendo, no entanto, que um medida do governo belga pró-Puigdemont "nos colocaria em uma posição diplomática delicada com a Espanha".
Na última sexta-feira (27), o Parlamento catalão aprovou a declaração de independência da Espanha, com base nos resultados do referendo do início do mês. No mesmo dia, horas depois, o governo espanhol conseguiu aprovar no Senado a inédita ativação do artigo 155, que retira temporariamente a autonomia regional e faz um intervenção política.
Por conta disso, neste sábado (28), o governo de Mariano Rajoy anunciou que a vice-premier Soraya Saenz de Santamaria tornou-se a presidente da região catalã até as novas eleições, marcadas para dezembro.
Originalmente de ANSA.