30/11/2017 às 09h49
MT: Comissão tenta destravar demolição
Além de estarem no caminho do ainda indefinido Veículo Leve sobre Trilhos, os casarões devem ceder espaço a praça no Largo do Rosário que é considerado uma prioridades do Governo do Estado
Cidade e Cotidiano
Foto reprodução internet
Há cinco meses a demolição da Ilha da Banana em Cuiabá era anunciada, mas ainda não foi completamente concretizada e segue indefinida. Cinco dos 15 casarões erguidos no local ainda estão sub judice. Para tentar destravar a total demolição dos casarões foi criada uma comissão com integrantes da Secretaria de Estado de Cidades, Procuradoria Geral do Estado (PGE-MT) no sentido de buscar um entendimento com os cinco moradores que têm ações na Justiça impedindo a retirada do local e agilizar o processo de demolição dos imóveis.
Além de estarem no caminho do ainda indefinido Veículo Leve sobre Trilhos, os casarões devem ceder espaço a praça no Largo do Rosário que é considerado uma das prioridades do Governo do Estado. Até o momento, dois moradores sinalizaram o acordo e a comissão está trabalhando nos trâmites para formalização. Os valores das desapropriações ainda não estão definidos e a Comissão vai continuar atuando para conseguir o acordo com todos os proprietários.
“A comissão foi uma forma legal e mais ágil de atender os anseios da população, que há anos deseja a revitalização da região do Largo do Rosário”, confirmou a Secretaria de Estado de Cidades.
Enquanto os acordos não forem fechados a demolição de todos os imóveis localizados no Largo do Rosário, mais conhecido como Ilha da Banana, no Centro Histórico de Cuiabá segue sem previsão de ser retomada. Com isso, os moradores de rua continuam fazendo de abrigo de algumas estruturas ou construções que permaneceram ou foram parcialmente derrubadas.
Com parte das estruturas mantidas o local segue tomado por entulhos ou restos de materiais de construções que não foram recolhidos. Em parte das edificações, também é possível constatar que moradores de rua continuam a “morar” no local, com varais de roupa e locais para dormir improvisados.
A previsão era de que a demolição e a retirada dos entulhos que iniciou no dia 11 de junho durassem apenas 30 dias. O trabalho vinha sendo tocado pela Material Forte. A empresa venceu o pregão eletrônico de registro de preços realizado pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges-MT) em março passado. Ao todo, a construtora saiu vitoriosa do certame que prevê a derrubada, total ou parcial, de até 199 imóveis ao longo das linhas do veículo leve sobre trilhos e de obras de mobilidade urbana, idealizadas para Copa de 2014. O custo das operações é de R$ 4,02 milhões.
Na ocasião cerca de 50 moradores foram retirados do local e migram para o Morro da Luz. Alguns foram encaminhados para abrigos e outros voltaram para as cidades de origem.
LARGO DO ROSÁRIO - A obra proposta engloba uma área de 10 mil metros quadrados, onde será construída uma área de convivência, com pontos alusivos à cultura cuiabana. A intenção é tornar a área de convivência a ser construída na região do Largo do Rosário uma referência histórica para capital mato-grossense. A perspectiva da secretaria das Cidades é dar início às obras no Largo do Rosário no início de 2018. O pré-projeto foi desenhado e dividido em cinco patamares: memória, convívio, festividade, recreio e contemplação/mirante. Um total de 2,9 mil metros quadrados de área verde, um mil metro de área calçada com piso em concreto, cimento queimado, emborrachado e anti-impacto. (AA)
Originalmente de Diário de Cuiabá