Que tal um aplicativo de celular que ajuda você a localizar áreas públicas para prática esportiva, compartilhar experiências nesses locais, além de avaliá-los? Ou então, outro aplicativo que, com base em dados abertos, mapeia as escalas de trabalho de médicos especialistas que atuam na rede pública de saúde para que o cidadão não perca a viagem ao se dirigir ao posto de saúde ou hospital público? Essas ferramentas já existem, mas buscam investimentos para que possam ser colocadas à disposição do cidadão. Os dois apps resultam do encontro de jovens empreendedores digitais que desejam melhorar a vida da população por meio da tecnologia de informação.
Que tal um aplicativo de celular que ajuda você a localizar áreas públicas para prática esportiva, compartilhar experiências nesses locais, além de avaliá-los? Ou então, outro aplicativo que, com base em dados abertos, mapeia as escalas de trabalho de médicos especialistas que atuam na rede pública de saúde para que o cidadão não perca a viagem ao se dirigir ao posto de saúde ou hospital público? Essas ferramentas já existem, mas buscam investimentos para que possam ser colocadas à disposição do cidadão. Os dois apps resultam do encontro de jovens empreendedores digitais que desejam melhorar a vida da população por meio da tecnologia de informação.
As ideias surgiram e tomaram forma durante o HackaCity 2017, uma maratona mundial que reúne programadores, desenvolvedores, designers, cientistas de dados e gestores públicos. O desafio foi desenvolver ferramentas com impacto positivo na gestão das cidades a partir de dados abertos – informações fornecidas pelas instituições públicas que podem ser acessadas por qualquer pessoa.
Denominado Mais Saúde, o aplicativo que procura mapear as escalas dos médicos da rede pública surgiu a partir da problemática em torno das filas nas unidades de saúde. “Essa procura por determinado especialista, sem saber ao certo qual unidade de saúde procurar, foi o que nos motivou”, contou uma das idealizadoras, a designer Samantha Iris.
E a proposta não para por aí. A ideia é que as pessoas também possam avaliar o serviço de saúde, de modo que ele seja aperfeiçoado pelo poder público – independentemente da cidade que adotá-lo como ferramenta. O objetivo do grupo também é ampliar ainda mais o app, reunindo outras informações ligadas à rede pública de saúde.
Já o aplicativo ligado à prática esportiva e lazer, Cidade Fit, segue a lógica colaborativa. O objetivo é que, na medida em que for utilizado, os próprios usuários alimentem a ferramenta com localização, imagens, informações e avaliações de novas áreas propícias ao esporte.
“Utilizamos como base os mapas disponibilizados pela prefeitura. A partir disso, os próprios usuários passam a manter o app com a inclusão de novas informações”, explicou Fábio Ricardo Araújo, estudante do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e um dos desenvolvedores do app.
Se vai dar certo? Para a coordenação do Parque Tecnológico de Mato Grosso os dois projetos têm grandes chances de virar realidade e chegar até o cidadão. Afinal, utilizam dados abertos, que obrigatoriamente devem ser fornecidos pelo poder público, pela melhoria da qualidade de vida nas cidades brasileiras.
Hoje, o Parque Tecnológico – provisoriamente instalado na Arena Pantanal – atua como mentor de 20 projetos. De acordo com o coordenador Rogério Nunes dos Santos, a instituição tem o propósito de fomentar projetos como esses a partir de um ambiente voltado para inovação.
“Antes de construir o centro de inovação, atuamos para fomentar esse ambiente. Acreditamos que, além de infraestrutura, um parque tecnológico se faz com pessoas. Por isso, procuramos estimular a inovação por meio de eventos e colocamos a atual estrutura do parque e nossa equipe à disposição de projetos como o Mais Saúde e o Cidade Fit”, afirmou Rogério Nunes.
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec) também apoia projetos como esse. Tanto que, para a realização do Hackacity em Cuiabá, atuou na coordenação local do evento, em parceria também com a Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT) e da Rede Brasileira de Cidades Inteligente & Ciências Humanas.
Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Ficou interessado em saber mais sobre esses aplicativos? As equipes vão participar da 14ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), que este ano acontece até 26 de outubro, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Os grupos vão apresentar seus respectivos projetos no estande do Parque Tecnológico.
Animado com o convite para participar do evento, Fábio Ricardo Araújo afirma que oportunidades como essa mantém a equipe firme no propósito de conseguir parcerias para executar o projeto já no próximo ano. “É uma motivação a mais para seguirmos em frente”.