Embora assegure repetidas vezes que o foco esteja na administração, o governador José Pedro Taques (PSDB) guardou o binóculo e passou a olhar para 2018 com maior proximidade e redobrada atenção. E o seu foco é manter ao máximo os aliados com os quais chegou ao Palácio Paiaguás, em outubro de 2014, quando conquistou 58% dos votos válidos, selando o pleito no primeiro turno.
PSDB, PP, DEM, PSD e PSC para a maioria absoluta dos eleitores não passam de simples siglas. Ou no máximo são reconhecidas como agremiações partidárias, sem que muitos sabiam sequer quais políticos lideram.
Embora assegure repetidas vezes que o foco esteja na administração, o governador José Pedro Taques (PSDB) guardou o binóculo e passou a olhar para 2018 com maior proximidade e redobrada atenção. E o seu foco é manter ao máximo os aliados com os quais chegou ao Palácio Paiaguás, em outubro de 2014, quando conquistou 58% dos votos válidos, selando o pleito no primeiro turno.
PSDB, PP, DEM, PSD e PSC para a maioria absoluta dos eleitores não passam de simples siglas. Ou no máximo são reconhecidas como agremiações partidárias, sem que muitos sabiam sequer quais políticos lideram.
Contudo, quando se trata de aliança para a disputa eleitoral, as siglas trazem nomes. E Taques sabe muito bem disso.
O PSDB, além do próprio governador, traz o deputado federal Nilson Leitão, quatro deputados estaduais, 23 prefeitos e centenas de vereadores. O PP traz ninguém menos que o ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi, com dezenas de prefeitos e parcela considerável do agronegócio.
Em caso de coligação, o PSD traz o vice-governador Carlos Fávaro e seis deputados estaduais, além de dezenas de prefeitos e centenas de vereadores. Oriundo do agronegócio, ele possui forte influência sobre parcela considerável do segmento. Fávaro trabalhou para o PSD crescer e colheu os primeiros frutos, em 2016.
E o que dizer do DEM? Os Democratas têm o comando do ex-governador Jayme Campos e do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco, presidente da Executiva Regional, mas está recebendo os egressos do PSB: o ex-prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá; deputados federais Adilton Sachetti e Fábio Garcia; deputados estaduais Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa; Max Russi, Mauro Savi e Professor Adriano Silva.
Dos pesos-pesados de 2014, somente o PSB, agora sob o comando do deputado federal Valtenir Pereira, aparentemente não tem volta para o grupo do governador. Os demais gigantes sempre estão próximos de Pedro Taques, mesmo que eventualmente façam críticas pontuais ao governo, como já ocorreu com o presidente do PP, deputado federal Ezequiel Ângelo Fonseca.
Recentemente, Ezequiel Fonseca avisou que o PP não deseja ser um mero coadjuvante no pleito de 2018 e que dispõe de ótimas chapas para disputar as eleições proporcionais. Isso confiando obviamente na candidatura à reeleição de Blairo Maggi.
A reconstrução deste palanque vem sendo trabalhada há tempos e ficou mais evidente quando o deputado Max Russi assumiu o comando da Casa Civil. Foi ele quem conduziu, por exemplo, as conversações para a liberação de R$ 126 milhões de emendas para o Estado, sendo R$ 100 milhões para o custeio da saúde.
E Max Russi deu um viés mais político e maior visibilidade para a pasta que tem a responsabilidade ímpar de dialogar com os aliados, na Casa Civil.
Quando é fechada a aliança, então, as siglas são substituídas por nomes: Maggi, Jayme, Mendes, Fávaro, Mendes, Sachetti, Botelho e os demais deixam de serem legendas e assumem o papel de cabos eleitorais, capazes de decidir pleitos para determinado candidato.
Sabendo disso Taques tem ampliado o diálogo com Jayme, Botelho, Maggi e outros. Ele sabe que o grupão unificado lhe assegura condições ideais de reeleição. Se o grupo de governador rachar, o pleito pode se tornar uma incógnita ou mesmo uma autêntica loteria. Pedro Taques conhece sobejamente o tabuleiro político e sabe quais pedras necessita mexer, de forma que lhe garanta condições de dar xeque-mate.