O pedido de cassação do vereador por Cuiabá Felipe Wellaton (PV) não passou de balão de ensaio. Um grupo de parlamentares (maioria), em meio ao desgaste provocado pela demissão de 460 funcionários, se movimentava para acionar o colega na Comissão de Ética - formada por Mário Nadaf (PV), presidente; Juca do Guaraná (PT do B), vice-presidente; e Ricardo Saad (PSDB), membro - por quebra de decoro parlamentar. A ideia inicial era punir o colega com a cassação do mandato.
O pedido de cassação do vereador por Cuiabá Felipe Wellaton (PV) não passou de balão de ensaio. Um grupo de parlamentares (maioria), em meio ao desgaste provocado pela demissão de 460 funcionários, se movimentava para acionar o colega na Comissão de Ética - formada por Mário Nadaf (PV), presidente; Juca do Guaraná (PT do B), vice-presidente; e Ricardo Saad (PSDB), membro - por quebra de decoro parlamentar. A ideia inicial era punir o colega com a cassação do mandato.
Passado o calor da emoção e com a cabeça mais centrada, eles entenderam que a medida seria um tiro no pé. Nos bastidores, a informação é de que o grupo chegou ao entendimento de que a situação traria ainda mais desgaste para a Câmara de Cuiabá.
Iria atrair os holofotes para Legislativo, assim como foi no caso dos processos que culminaram na cassação de Lutero Ponce, Ralf Leite e João Emanuel. Ralf foi o único a reverter a decisão política e retomou o mandato.
Todos os casos, entretanto, foram “traumáticos” e polêmicos para o Parlamento.
Em relação à Wellaton, ele passou a ser “isolado” após insinuar, em petição judicial, que o pagamento de suplementação de R$ 6,7 milhões - determinado pela Prefeitura de Cuiabá - fosse uma espécie de “prêmio” para os vereadores que não assinaram a chamada CPI do Paletó, que pretendia investigar o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, flagrado em vídeo recebendo dinheiro supostamente fruto de propina em troca de apoio à gestão do então governador Silval Barbosa (delator).
A petição, além de provocar mal estar, culminou em decisão judicial que barrou o repasse. Sem dinheiro, o presidente Justino Malheiros (PV) se viu obrigado a demitir 460 dos 576 funcionários (sendo 96 efetivos), o que tem prejudicado o funcionamento do local e o atendimento à população.
Oficialmente, vereadores evitam falar sobre o caso e garantem que nenhum pedido de cassação foi formulado. Justino pondera que tudo não passou de um "boato" e que nunca se cogitou acionar o colega.
Ressalta que todos têm autonomia para fazer um pedido contra a suplementação, sendo que o motivo da rusga interna se deve ao fato de que ele deu a entender que o dinheiro viria para os vereadores quando, na verdade, seria utilizado para a folha de pagamento e encargos sociais. "Um direito que a gente discutia desde maio", salienta.
Justino pontua que a relação dele com Wellaton, que é seu correligionário, está tranquila. Já sobre o estranhamemto entre Wellaton e Renivaldo, Justino evita polemizar. "Posicionamento pessoal entre um e outro. Eu não tenho que interferir, eu tenho que interferir na gestão da Casa. Na atitude parlamentar de A, B ou C eu não posso interferir. Mas, aqui não tem criança, todo mundo que está aqui foi eleito pelo povo e tem direito a voz, vez e fala".