Desde que Donald Trump declarou o reconhecimento de
Jerusalém como capital de Israel, ocorreram diversas manifestações violentas de
palestinos, a título de protesto. A imprensa do mundo todo mostrou cenas dos
embates, mas não parece muito interessada em saber o que está por trás disso
tudo.
Desde que Donald Trump declarou o reconhecimento de
Jerusalém como capital de Israel, ocorreram diversas manifestações violentas de
palestinos, a título de protesto. A imprensa do mundo todo mostrou cenas dos
embates, mas não parece muito interessada em saber o que está por trás disso
tudo.
Agora surge um vídeo, gravado de forma amadora em um
celular, que mostra um pouco do que acontece. Várias mulheres palestinas da
cidade de Nabi Salih, na Cisjordânia, se aproximaram de soldados das Forças de
Defesa de Israel (IDF) e começam a provocá-los. Algumas gritam ofensas, outras
lhes dão tapas, esperando uma reação. Ao lado, uma delas aponta a câmera do
celular para os homens, esperando o momento do “flagra”.
Bem treinados e
acostumados com esse tipo de “cena”, os soldados as ignoram e não reagem,
frustrando a expectativa delas de conseguir material para algum tipo de
denúncia. Como se sabe, se ocorresse uma agressão, elas venderiam as imagens
para algum canal de televisão estrangeiro e as cenas de “abuso e covardia” correriam
o mundo.
O vídeo que circula na internet, foi gravado durante os
protestos na última sexta-feira (15).
Uma das jovens que provoca os soldados é Ahed Tamimi, filha
de um dos principais ativistas palestino de Nabi Salih, que organiza protestos anti-Israel
todas as sextas-feiras na cidade.
Ela grita com os soldados, que não tiveram seus nomes
revelados. Pede para que eles saiam dali e os empurra, dá tapas e chutes. Logo
em seguida, outra jovem faz o mesmo. A provocação dura poucos minutos, mas é o
suficiente para mostrar como as coisas funcionam na região.
Embora sabidamente haja conflitos reais, onde tiros são
disparados e pessoas acabam morrendo, o “viés ideológico” de grande parte
imprensa ocidental seguidamente a impede de mostrar as histórias de uma maneira
equilibrada.
Protestos ensaiados
O jornalista árabe Bassam Tawil fez uma denúncia
recentemente, mostrando que a maioria dos protestos de palestinos contra a
decisão de Trump foram ensaiados. Segundo Tawil, poucas horas após o anúncio de
Trump, dezenas de jornalistas receberam um telefonema vindo de Belém, na
Cijordânia.
Eram os “ativistas profissionais” palestinos, convidando a
imprensa para cobrirem um “acontecimento importante” na cidade. Quando os
fotógrafos e câmeras chegaram, encontraram uma claque preparada, que se
dispunha a queimar fotos de Trump e bandeiras de Israel na frente da imprensa.
Curiosamente, o tal protesto só começou após todos os
fotojornalistas e cinegrafistas terem montado seus equipamentos para registrar
a queima. Dentro de pouco tempo a mídia internacional já estava alvoroçada com
relatos sobre “manifestantes palestinos furiosos tomando as ruas para
protestar” contra Trump. A edição das
filmagens foi feita de tal forma que parecia que o número de pessoas na
manifestação era muito maior.
“Nada de mais, nada incomum: os ativistas palestinos estão
cansados de saber que os repórteres, tanto locais quanto estrangeiros, estão
sedentos por sensacionalismo e, o que melhor para sair bem na fita do que
pôsteres de Trump em chamas bem no lugar do nascimento de Jesus na véspera de
Natal, quando milhares de peregrinos e turistas cristãos estão se dirigindo
para a cidade?”, resume Tawil.
http://midiasemmascara.org/artigos/indicados-editor/destaques/um-arabe-islamico-relata-a-verdadeira-resposta-palestina-ao-discurso-de-trump-sobre-jerusalem/
Com informações de Ynet News https://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-5058855,00.html