Como você se sentiria ao saber que Deus decidiu não acompanhar mais você pelo resto da sua vida, deixando você ao ermo, sem participar do seu futuro e ficando tudo por sua conta?
Pois é, a ‘coisa’ ficou esquisita para o povo hebreu. Tão logo resolveram cair na ‘farra’ e adorar ao bezerro de ouro (Êxodo 32:1-6). Deus decidiu não seguir com aquelas pessoas na direção da terra prometida.
Como você se sentiria ao saber que Deus decidiu não acompanhar mais você pelo resto da sua vida, deixando você ao ermo, sem participar do seu futuro e ficando tudo por sua conta?
Pois é, a ‘coisa’ ficou esquisita para o povo hebreu. Tão logo resolveram cair na ‘farra’ e adorar ao bezerro de ouro (Êxodo 32:1-6). Deus decidiu não seguir com aquelas pessoas na direção da terra prometida.
Como se resolve uma decisão dessas, que foi tomada pelo próprio Deus? Como se faz para fazê-lo mudar de ideia (se é que é possível)? Disse Deus:
“Vão para a terra onde manam leite e mel. Mas eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho.” (Êxodo 33:3)
É natural que, diante dessa extrema situação, qualquer ser humano tenha dificuldades para resolver esse problema. Imediatamente, qualquer um de nós mergulharia num profundo sentimento de rejeição ao saber que Deus não quer mais ‘assunto’ conosco. Entramos em crise quando Deus silencia sobre nossas orações, imagine ouvir dEle mesmo que Sua presença não estará mais entre nós. Talvez, esse tenha sido o temor de Davi quando disse “não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Santo Espírito” (Salmos 51:11).
A Bíblia menciona a primeira pessoa a sentir rejeição da parte de Deus: Caim. Deus não aceitou a Caim e nem a sua oferta. O motivo? O modo como sua oferta era conduzida pelo coração dele. Caim achava que o problema era com sua oferta diretamente, mas o problema real estava dentro do seu coração, que o levava a ter sentimentos maus sobre seu irmão. Por isso, Deus lhe disse:
“Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo.” (Genesis 4:7)
Nossa forma de resolver uma questão como essa, talvez, seria sob a melancolia das ‘lágrimas emocionais’, à semelhança do povo hebreu. Mas, infelizmente, somente lágrimas não comovem ou influenciam o coração de Deus. A sinceridade do coração que Ele exigiu de Caim é a mesma que Ele requer de nós quando nos distanciamos dEle, e um afastamento que segue nas três dimensões: física, emocional e espiritual.
“Quando o povo ouviu essas palavras terríveis, começou a chorar, e ninguém usou enfeite algum.” (Êxodo 33:4)
Usar nossas ‘lágrimas emocionais’ – o choro – não influenciará o coração de Deus em favor da restauração da sua Presença em nós. A única maneira de atrair a Deus, aquele que não é Deus de longe, como bem disse o apóstolo Paulo, será pelo modo como fez Moisés, com profunda sinceridade no coração: ele OROU pelo povo. Quando reconhecemos quem somos e que precisamos nos descobrir nEle, começaremos a enxergar Deus em novo movimento, à respeito de nós. Sabe aquela virada de cabeça quando Jesus estava na cruz, onde um dos ladrões disse a ele: “lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”? Somente palavras como aquelas puderam mover a cabeça e os olhos de Jesus, mesmo suportando tamanha dor, pois Ele viu verdade no coração.
“Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti.” (Êxodo 33:13)
A Palavra chave que fez Moisés mexer com o coração de Deus foi uma espécie de ‘cartada final’, em forma de intercessão. “Se não fores conosco, não nos envies. Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares?”. (Êxodo 33:15).
Diante de um coração tão honesto e verdadeiro, a resposta de Deus não poderia ser outra, senão mudar sua decisão:
“O Senhor disse a Moisés: ‘Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome.” (Êxodo 33:17)
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