O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se novamente nesta terça-feira (19) para discutir uma nova resolução sobre a guerra em Israel, com foco especial no envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A proposta em análise, redigida pelos Emirados Árabes Unidos, é notável por sua omissão de um pedido explícito de cessar-fogo.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se novamente nesta terça-feira (19) para discutir uma nova resolução sobre a guerra em Israel, com foco especial no envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A proposta em análise, redigida pelos Emirados Árabes Unidos, é notável por sua omissão de um pedido explícito de cessar-fogo.
Mariana Janjácomo, correspondente da CNN, revelou que, segundo fontes diplomáticas, qualquer proposta que exija a interrupção dos combates provavelmente será vetada pelos Estados Unidos, a exemplo do que ocorreu com um documento semelhante proposto no início de dezembro.
Esta postura dos Estados Unidos e de Israel, que se opõem a um cessar-fogo, baseia-se na crença de que tal medida beneficiaria primariamente o Hamas. Em contrapartida, Washington manifestou apoio a pausas nos combates para salvaguardar civis e possibilitar a libertação de reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro, durante uma invasão e ataques a Israel.
A fim de aumentar as probabilidades de aprovação, espera-se que a nova resolução adote uma linguagem mais moderada, possivelmente substituindo a expressão “cessar-fogo” por “cessação das hostilidades”. O texto em discussão deve concentrar-se na importância da ajuda humanitária, na proteção de civis e na libertação dos reféns.
Para ser aprovada, a resolução necessita de um mínimo de nove votos favoráveis e não pode ser vetada por nenhum dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que inclui Estados Unidos, França, China, Reino Unido e Rússia.
Enquanto o debate se desenrola, autoridades da ONU e agências de ajuda alertam para uma iminente catástrofe humanitária em Gaza. A situação é alarmante, com o avanço da fome e doenças entre a maioria dos 2,3 milhões de habitantes do enclave costeiro palestino, muitos dos quais foram deslocados de suas casas devido ao conflito que já dura mais de dois meses. Este cenário de crise sublinha a urgência da aprovação de medidas efetivas para mitigar o sofrimento humano e promover a paz na região.