A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (8), a operação Decepticons II contra uma quadrilha que atravessava carros roubados e furtados para a Bolívia, na fronteira com Corumbá (444 quilômetros de Campo Grande) e seis pessoas foram presas durante a operação e na residência de um dos alvos, também foi localizado, cerca de dois quilos de pasta base de cocaína. Ao todo foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão.
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (8), a operação Decepticons II contra uma quadrilha que atravessava carros roubados e furtados para a Bolívia, na fronteira com Corumbá (444 quilômetros de Campo Grande) e seis pessoas foram presas durante a operação e na residência de um dos alvos, também foi localizado, cerca de dois quilos de pasta base de cocaína. Ao todo foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão.
De acordo com informações da Polícia Cicil, a quadrilha já teria lucrado no ano anterior cerca de R$ 6 milhões, com a travessia de cerca de 200 carros. Ao todo, sete pessoas foram presas, sendo seis em Mato Grosso do Sul e o líder da organização criminosa em Guarulhos. Além disso, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Corumbá, Jacareí e Guarulhos.
Quadrilha especializada
A quadrilha era especializada em fazer a travessia dos carros. Eles faziam a locação de veículos em São Paulo e o transporte até a região de fronteira, onde eram vendidos ilegalmente na Bolívia.
Além disso, para “camuflar” o crime, após a travessia do carro para a Bolívia, os locadores eram orientados a registrar ocorrência policial como se tivessem sido vítimas de roubo na cidade de Corumbá. Os carros de alto valor eram alugados em nomes de laranjas ou do próprio locatário.
Após a chegada do veículo na cidade de Corumbá, este era repassado para os atravessadores, pessoas que conhecem as rotas, chamadas de “cabriteiras”, estrada ilegal às margens da fronteira Brasil/Bolívia.
Organização criminosa
A organização criminosa era composta por diversos integrantes e envolvia grande esquema de logística. O líder conhecido por ‘Malufinho’ era responsável por reunir pessoas para alugar veículos com a promessa de receberem entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, para levar o veículo até Corumbá.
'Malufinho' também era o responsável por receber as quantias referentes às vendas dos veículos. O esquema ainda contava com olheiros, batedores e atravessadores, pessoas da cidade de Corumbá, que prestavam o apoio necessário para que o veículo chegasse à cidade e atravessasse a fronteira.
As rotas utilizadas passavam pelo Pantanal sul mato-grossense, locais em que a organização criminosa possuía olheiros e batedores. A organização também tinha como integrantes motoristas de aplicativo que realizavam o trajeto Campo Grande a Corumbá verificando e repassando, à quadrilha, informações do trajeto.
Estima-se que, ao longo do último ano, a organização criminosa tenha lucrado cerca de 6 milhões de reais com a travessia de pelo menos 200 veículos. Valores estes convertidos, por vezes, em cocaína para o estado de São Paulo.
Um dos alvos da operação, conhecido por ‘Dodô’, braço direito de “Malufinho”, foi preso no dia 5 de agosto transportando 70 quilos de cocaína em Campo Grande.