O projeto na França está provocando revolta entre ativistas ambientais.
O parque Tropicália, cuja construção está sendo projetada a 232 km de Paris, capital da França, quer reproduzir a atmosfera da Floresta Amazônica.
O projeto na França está provocando revolta entre ativistas ambientais.
O parque Tropicália, cuja construção está sendo projetada a 232 km de Paris, capital da França, quer reproduzir a atmosfera da Floresta Amazônica.
A estufa gigantesca de 20 mil m² está sendo desenvolvida pelo veterinário francês Cédric Guérin, com o objetivo de abrigar aves e espécies vegetais típicas da Amazônia.
O projeto do veterinário também está recebendo apoio e incentivo de políticos franceses.
A informação foi publicada nesta segunda-feira (28) pelo jornal francês Libération.
Guérin afirma que seu objetivo com o projeto é “transmitir uma paixão” e também ajudar na proteção:
“Estou convencido que, para compreender e proteger, é preciso se maravilhar. Quando se descobre que a borboleta mais bonita do mundo, a morfo azul, só deposita seus ovos em uma variedade de planta, isso sensibiliza contra o desmatamento.”
Para recriar o ambiente de floresta tropical, o recinto de 32 metros de altura teria de receber uma cobertura de plástico e ser aquecido artificialmente com temperaturas de 26°C a 28°C o ano inteiro.
No entanto, na localidade onde os empreendedores planejam construir este parque, a temperatura média anual é de 11°C, destaca o periódico francês.
Agora, em meio à repercussão local, o projeto entrou na mira de ativistas ambientais, com cerca de 30 ONGs criando o coletivo “Não à Tropicália”.
O porta-voz do grupo, Jean-Michel Jedraszak, afirma:
“[Criar] um zoológico tropical no norte da França é tão aberrante quanto abrir uma pista de esqui no deserto da Arábia Saudita.”
Outra questão que opõe ecologistas e políticos locais envolvidos na iniciativa é o custo da obra.
Serão € 72,2 milhões — cerca de R$ 448 milhões — de investimentos para construção do parque, incluindo € 12,4 milhões (R$ 77 milhões) de financiamento de organismos públicos.