Patrocinadores da CBF estão incomodados pelo fato de não poderem usar a imagem de Neymar em suas campanhas publicitárias que têm como tema a seleção brasileira.
Diferentes parceiros da entidade revelaram mal-estar à reportagem por não conseguirem contar com o principal jogador dos comandados de Tite em propagandas.
Patrocinadores da CBF estão incomodados pelo fato de não poderem usar a imagem de Neymar em suas campanhas publicitárias que têm como tema a seleção brasileira.
Diferentes parceiros da entidade revelaram mal-estar à reportagem por não conseguirem contar com o principal jogador dos comandados de Tite em propagandas.
As fontes ouvidas pela reportagem afirmam que, pelos contratos com a CBF, poderiam utilizar a imagem de jogadores em um contexto coletivo -pelo menos três atletas- e claramente atrelado à seleção, em jogo, treinamento ou atividade envolvendo o time.
Para que um desses três atletas seja Neymar, entretanto, esbarram na necessidade de firmar um acordo com a NR Sports, empresa que detém os direitos de imagem do camisa 10.
A recusa em contar com Neymar incomoda os patrocinadores, que dizem não ter os mesmos obstáculos para utilizar outros jogadores. A questão é tema de discussões entre empresas, mas não foi formalizada uma reclamação diretamente à CBF.
Nem a CBF nem o Paris Saint-Germain possuem direitos sobre a imagem de Neymar -eles pertencem exclusivamente à NR Sports, que desembolsou para isso mais de 100 milhões de euros. Pela empresa, e por Neymar pai, passam todos os acordos publicitários do jogador.
Ao receber uma solicitação de um patrocinador sobre uma campanha envolvendo a seleção e jogadores, a CBF realiza uma análise técnica para verificar se ela se enquadra nos termos contratuais, podendo recusá-la caso envolva os direitos de imagem individuais de qualquer atleta.
Procurada pela reportagem, a entidade afirmou que não irá comentar o assunto. O estafe de Neymar reiterou que seus direitos de imagem individuais pertencem exclusivamente à NR Sports.
SAIA JUSTA
A aparição de Neymar em material publicitário de patrocinadores da seleção já gerou controvérsia no passado. Em 2014, o atacante apareceu pedalando bicicletas do Itaú, parceiro da CBF, na Granja Comary. A situação criou mal-estar com o Santander, que patrocina diretamente o jogador.
Em um email ao qual a reportagem teve acesso, o vice-presidente do Santander cobrou Neymar pai sobre o ocorrido. "Entendemos claramente, embora naturalmente não nos agrade, a exposição da marca de nosso principal concorrente nas camisetas que usa o Neymar Jr. na seleção. Infelizmente, essa é uma coisa que não podemos evitar. Porém, o uso de um dos maiores símbolos de marketing do nosso concorrente poderia e deveria ter sido evitado. Nos irritou ainda mais a exploração, pelo próprio Itaú, das fotos nas redes sociais, o que se caracteriza claramente em uso indevido da imagem", diz a mensagem.
Neste ano, a cervejaria Ambev acionou a concorrente Proibida na Justiça, alegando que uma campanha da concorrente que tem Neymar como protagonista utiliza indevidamente a marca da seleção brasileira. Parceira da CBF, a Ambev tem exclusividade sobre a equipe e as marcas da CBF.
(FOLHAPRESS)