O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rejeitar uma queixa-crime apresentada em 2018 por Guilherme Boulos (PSOL) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).
Mais de dois anos atrás, Eduardo publicou no Twitter que um prédio abandonado e ocupado por sem-tetos que desabou no centro de São Paulo havia sido invadido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que é comandado por Boulos.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rejeitar uma queixa-crime apresentada em 2018 por Guilherme Boulos (PSOL) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).
Mais de dois anos atrás, Eduardo publicou no Twitter que um prédio abandonado e ocupado por sem-tetos que desabou no centro de São Paulo havia sido invadido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que é comandado por Boulos.
Ao apresentar uma queixa-crime por calúnia e difamação contra Eduardo, Boulos afirmou que o prédio não havia sido invadido pelo MTST, mas pelo Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM).
O vice-PGR, no entanto, considerou que Eduardo não falou diretamente de Boulos na publicação, mas sim do MTST.
“As palavras do querelado [Eduardo Bolsonaro], embora se traduzam em expressões indesejáveis, revelam uma vertente da atuação parlamentar consistente na busca de apoiadores à sua posição ideológica ou enfraquecer o lastro popular das ideias com quem antagoniza”, escreveu Humberto Jacques na decisão.
“Ademais, a declaração, a despeito de mencionar ‘hipócritas’, é mais direcionada a um determinado campo de ideias, do que a ofensas pessoais ao querelante [Boulos]”, acrescentou o vice-PGR.
Agora, cabe ao ministro do STF, Marco Aurélio Mello, decidir se arquiva a queixa, destaca o blog Antagonista.