24/11/2017 às 11h48

Presidente do BNDES ajudou redigir texto e diz que PEC do Teto vai destravar MT

Durante seu discurso para mais de 200 pessoas -- entre produtores, representantes de sindicatos, prefeitos da região e especialistas do setor de ferrovias e transportes

Cidade e Cotidiano

Presidente do BNDES ajudou redigir texto e diz que PEC do Teto vai destravar MT

Presidente do BNDES Paulo Rabello diz que PEC do Céu destampa desenvolvimento de MT (Foto Gilberto Leite / RD News)

presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, não poupou elogios à administração do governador Pedro Taques (PSDB). A boa avaliação feita durante discurso no Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais, na manhã desta quinta (23), envolveu, principalmente, a PEC do Teto de Gastos Públicos, aprovada pela Assembleia nesta semana. A matéria elaborada pelo Executivo contou com apoio do economista, que redigiu trecho do texto.

Durante seu discurso para mais de 200 pessoas -- entre produtores, representantes de sindicatos, prefeitos da região e especialistas do setor de ferrovias e transportes, Rabello considera que a PEC não poderia ter a nomenclatura de “Teto” e sugere ser chamada de “PEC do Céu”. Sugestão, aliás, acatada por Taques, que comemorou a aprovação da matéria.

De acordo o economista, a PEC irá “destampar o desenvolvimento” do Estado, que hoje está prejudicado pelo gasto descontrolado herdado pela gestão passada. Ele diz que tal descontrole gerou uma espécie de “caroço”.

“Agora, precisamos tirar esse caroço do angu e a PEC do Céu que vai fazer isso acontecer. Com o controle fiscal começa a ter a prosperidade. Com maior arrecadação, a retomada do processo de boa governança”, declara.

Rabello diz esperar que o Estado não volte a sair dos trilhos. O que significa crescer, pelo menos, 50% mais do que cresce normalmente. Ainda em seu discurso, o presidente do BNDES ressalta que Taques demonstrou capacidade em conseguir costurar a aprovação da PEC com “tremenda habilidade política”, em um momento difícil das finanças públicas.

Conforme Rabello, um chefe de Executivo deve trabalhar pelo fim da “esbórnia fiscal” e pela continuidade administrativa. Ele condenou gestores que deixam para seus sucessores o que chamou de “completa esculhambação financeira”.

PEC

A PEC foi enviada pelo Executivo em agosto deste ano, mas é preparada desde 2016. A matéria foi aprovada em primeira votação em 24 de outubro, com 16 votos favoráveis e quatro contrários. Na sessão matutina de hoje, ocorreu a 2ª votação, com o placar de 18 a 4.

Com a aprovação, o Estado reforça a disciplina e o equilíbrio fiscal, por meio do congelamento de gastos por cinco anos.

Com a promulgação, o Governo do Estado poderá se enquadrar no Regime de Recuperação Fiscal elaborado pelo governo federal que prevê folga no caixa de até R$ 1,3 bilhão em dois anos com a renegociação da dívida.