Ao prevenir doenças infecciosas de grande impacto para o paciente, a vacinação também desempenha um papel fundamental no combate à resistência microbiana, problema que representa hoje uma das principais ameaças à saúde global, por reduzir a capacidade médica de tratar infecções graves. Nesse sentido, a prevenção reduz tanto a necessidade de tratamento com antibióticos como também o risco de internações hospitalares prolongadas relacionadas a essas infecções, situações em que o paciente se encontra mais exposto às bactérias multirresistentes.
Ao prevenir doenças infecciosas de grande impacto para o paciente, a vacinação também desempenha um papel fundamental no combate à resistência microbiana, problema que representa hoje uma das principais ameaças à saúde global, por reduzir a capacidade médica de tratar infecções graves. Nesse sentido, a prevenção reduz tanto a necessidade de tratamento com antibióticos como também o risco de internações hospitalares prolongadas relacionadas a essas infecções, situações em que o paciente se encontra mais exposto às bactérias multirresistentes.
Entre as infecções bacterianas mais frequentes que podem ser prevenidas está a pneumonia pneumocócica, provocada pelo pneumococo. Essa bactéria é responsável por 1,6 milhão de mortes por ano em todo o mundo, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora vírus, bactérias e fungos possam causar um quadro de pneumonia, três em cada 10 casos diagnosticados são provocados pelo pneumococo, mas essa infecção pode ser evitada por meio da vacinação.
“A vacina evita a pneumonia pneumocócica, impedindo o surgimento de complicações importantes, que muitas vezes requerem internação hospitalar e deixam o paciente mais exposto às superbactérias”, afirma a infectologista Lessandra Michelim, presidente do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A pneumonia pneumocócica está fortemente associada à internação hospitalar, de acordo com a literatura médica. Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Instituto Global Market Research apontou, por exemplo, que 37,8% dos pacientes infectados apresentaram essa necessidade e que o período de internação foi, em média, de duas semanas.
Idosos são ainda mais propensos à internação por pneumonia. Estudos científicos apontam que metade das pessoas com 65 anos ou mais que apresentam um quadro de pneumonia adquirida na comunidade necessita ser hospitalizada. Além disso, a enfermidade representa a terceira causa mais frequente de internação nessa faixa etária.
Vale destacar que a permanência prolongada em ambiente hospitalar é um importante fator de risco para a contaminação por bactérias multirresistentes, por diferentes razões. Em primeiro lugar, grande parte desses pacientes apresenta o sistema imunológico enfraquecido, o que facilita o contágio por esses micro-organismos. Além disso, muitas dessas infecções estão relacionadas a dispositivos médicos e procedimentos invasivos, como respiradores, cateter urinário ou cateter venoso central.
Sob o ponto de vista do tratamento, a prevenção por meio da vacinação também reduz a necessidade de administração de antibióticos, uma vez que a imunização diminui a circulação de bactérias. Com isso, é esperado um número menor de casos de doenças potencialmente graves provocadas por esses micro-organismos. Vale destacar, ainda, que existem variedades de pneumococo que se mostram resistentes aos antibióticos, como é o caso do sorotipo 19A.
Produzida pela Pfizer, a vacina anti-pneumocócica conjugada Prevenar 13 é o único produto licenciado no Brasil que oferece proteção direta contra o sorotipo 19A. O imunizante, indicado para pessoas de todas idades a partir dos 2 meses, também protege contra os outros 12 sorotipos de pneumococo mais prevalentes em todo o mundo: 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.