SÃO PAULO – Prosseguindo com o plano de eliminar os quadros mais bolsonaristas em São Paulo, o PSL expulsou nesta semana o deputado estadual Frederico d'Avila. Ligado ao agronegócio, ele é próximo de Jair Bolsonaro e crítico dos dirigentes do partido.
D'Avila chamada de notificação de expulsão nesta quarta-feira. Contatado pelo GLOBO, ele ainda não se pronunciou.
SÃO PAULO – Prosseguindo com o plano de eliminar os quadros mais bolsonaristas em São Paulo, o PSL expulsou nesta semana o deputado estadual Frederico d'Avila. Ligado ao agronegócio, ele é próximo de Jair Bolsonaro e crítico dos dirigentes do partido.
D'Avila chamada de notificação de expulsão nesta quarta-feira. Contatado pelo GLOBO, ele ainda não se pronunciou.
Antes dele, a sigla já havia se livrado de Gil Diniz e Douglas Garcia, hoje no PTB, considerado os mais próximos do Bolsonaro na Assembleia Legislativa do estado (Alesp). A última expulsão até então havia sido a de Valéria Bolsonaro, parente afastado do presidente e excluída por "infidelidade partidária".
Antidemocrático
Em julho, Diniz e Garcia foram os primeiros a ser retaliados pelo apoio a Bolsonaro e às tentativas que faziam à chamada "ala bivarista", que tinha ficado com o presidente da sigla, Luciano Bivar, sem rompimento com o Palácio do Planalto. Na ocasião, o Conselho de Ética do PSL concluiu que uma dupla se envolvera em "atividades políticas contrárias ao regime democrático" e infringiu o estatuto da lei.
Isso porque os dois deputados são investigados no inquérito das Fake News, no Supremo Tribunal Federal (STF). No documento sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, são apontados como operadores da máquina de disseminação de notícias falsas e virtuais na Alesp.
A ala bolsonarista do PSL na Assembleia Legislativa, que antes abrangia oito deputados, agora foi reduzida a quatro: Maior Meca, Castello Branco, Letícia Aguiar e Tenente Coimbra.
A bancada do ex-partido de Bolsonaro, eleita a maior da Alesp com 15 deputados, diminuiu para 11. O PT, com dez, e o PSDB, com nove, supra em seguida.
D'Avila liderou, em janeiro, protestos de ruralistas contra o aumento de impostos planejado pelo governador João Doria (PSDB) para alimentos, energia e remédios. D'Avila também é autor de um pedido de impeachment do tucano.
Fonte: Cesarsantana.com.br