O ex-deputado federal Victório Galli (PSL), uma das lideranças de Mato Grosso mais próximas do núcleo do poder bolsonarista em Brasília, admite que o atual momento não está favorável para a aprovação da Reforma da Previdência, medida encarada como prioritária para o Governo Federal.
O ex-deputado federal Victório Galli (PSL), uma das lideranças de Mato Grosso mais próximas do núcleo do poder bolsonarista em Brasília, admite que o atual momento não está favorável para a aprovação da Reforma da Previdência, medida encarada como prioritária para o Governo Federal.
“De fato está [difícil] mesmo. Se a reforma cair hoje em plenário, não passa. Precisa de mais diálogo, precisa repor alguma coisa, tirar alguma coisa ali”, avalia. Mesmo não reeleito, Galli segue em Brasília, lotado como assessor especial da Presidência da República, em função justamente de auxílio na articulação política junto à Câmara dos Deputados.
Para o pastor, apesar do momento desfavorável para a mudança nas regas de aposentadoria, a reforma deve passar pelo Congresso na base do diálogo. Ele sustenta que o governo Bolsonaro não está adotando uma postura de intransigência e tem feito concessões para facilitar a aprovação.
“Ele [Bolsonaro] já está cedendo, já cedeu muita coisa. Inclusive essa questão dos militares ele levou para a conversa e isso é uma questão de diálogo. Acho que ali todos têm que calçar as sandálias da humildade para que as coisas possam dar certo”, complementou.
Galli, em uma visão mais ampliada sobre os assuntos do governo, enxerga a gestão Bolsonaro no caminho certo para implementar as promessas de campanha. De acordo com o ex-deputado, o presidente conseguiu manter o apoio popular angariado na eleição.
“A avaliação que nós temos é positiva. A gente está vendo uma boa aceitação na população e eu espero que continue dessa forma para que as medidas que ele prometeu em campanha possam ser cumpridas”.
Victório Galli foi nomeado como assessor especial da Presidência da República em fevereiro e trabalha em uma secretaria especial criada pelo Governo Bolsonaro para tratar de assuntos relacionados à Câmara dos Deputados.
Professor de teologia e pastor, Victório Galli já disputou eleições por quatro vezes para deputado federal, ficando como suplente em 2010 e se elegendo em 2014.
Filiado ao PSL de Jair Bolsonaro desde o ano passado, o então deputado assumiu a presidência estadual da sigla e tentou ser reeleito, chegando a ser o sexto candidato mais votado, com 52,9 mil votos, mas não conseguiu a reeleição.
Galli agora é uma aposta do PSL para vencer em 2020 a disputa pela Prefeitura de Cuiabá.