O Brasil exportou 33 milhões das 53 milhões de sacas de café na safra 2016/2017, que terminou no final do mês de junho, apontou o levantamento realizado pelo Conselho de Exportadores de Café (Cecafe). Desse total, o café arábica somou 28,9 milhões, e o robusta, 277,5 mil. “Esse volume é menor do que o registrado no ano-safra anterior [35,5 milhões de sacas] devido aos reflexos climáticos que atingiram as lavouras nos últimos dois anos”, explicou Nelson Carvalhaes, presidente da entidade.
O Brasil exportou 33 milhões das 53 milhões de sacas de café na safra 2016/2017, que terminou no final do mês de junho, apontou o levantamento realizado pelo Conselho de Exportadores de Café (Cecafe). Desse total, o café arábica somou 28,9 milhões, e o robusta, 277,5 mil. “Esse volume é menor do que o registrado no ano-safra anterior [35,5 milhões de sacas] devido aos reflexos climáticos que atingiram as lavouras nos últimos dois anos”, explicou Nelson Carvalhaes, presidente da entidade.
A receita com as vendas do grão para o exterior somaram US$ 5,6 bilhões, 5% a mais que na safra anterior, que foi de US$ 5,3 bilhões. O levantamento apontou, também, que o preço médio da saca de café brasileira foi de US$ 171,48, o que representa um acréscimo de 13,4% em relação ao ano safra 2015/2016.
Os norte-americanos continuam sendo os principais consumidores do café brasileiro. No período, eles importaram 6,4 milhões de sacas (19,5% do total). Depois, os alemães, que compraram 5,8 milhões de sacas (17,9% do total) e os italianos, com 2,9 milhões de sacas (9,1%). Japão, Bélgica, Rússia, Turquia, Canadá, França e Espanha também estão na lista dos principais países importadores. A Coreia do Norte não entra na lista, mas Carvalhaes aponta que o país vem aumentando muito o consumo da bebida nos últimos anos.
Sem números concretos para a próxima safra, Carvalhaes diz que o período deve ser bem parecido com o que terminou agora. “Não vai variar muito [os números] porque as lavouras ainda trarão reflexos dos fenômenos climáticos e devemos ter algo muito parecido, entre 32 a 34 milhões de sacas exportadas no período”, diz ele. “Mas devemos ter uma melhora muito significativa a partir da safra 2018/2019 e a recuperação da performance brasileira no setor”.
Com 53 milhões de sacas produzidas (e 33 milhões de sacas exportadas) Brasil é responsável por um terço do consumo total mundial de cafés. De acordo com o Cecafé, de cada 3 xícaras de café consumidas no mundo, 1 xícara é de café brasileiro.
Os cafés classificados como diferenciados – processados de maneira especial, certificados ou orgânicos – vem apresentando maior demanda. Foram exportadas 4,8 milhões de sacas desses grãos para os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão. “Há uma tendência cada vez maior do consumo de cafés diferenciados no mundo inteiro”, apontou o diretor-técnico do Cecafé, Eduardo Heron Santos. “É uma tendência muito forte”.
Ainda no levantamento realizado pelo Cecafé, para escoar as 33 milhões de sacas exportadas, foram necessários 188 navios (31 por mês, 41 mil conteiners), que passaram por pelo menos 18 portos brasileiros: Santos (87,1%), Rio de Janeiro e Sepetiba (9,2%), Paranaguá (1,5%), Salvador (0,4%), Vitória (0,4%) e outros (1,4%).