Operação da PF teve o governador do Amazonas como um dos alvos.
Após investigações apontarem desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia, a operação “Sangria”, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada, nesta quarta-feira (2), com a alta cúpula do governo do Amazonas na mira.
Operação da PF teve o governador do Amazonas como um dos alvos.
Após investigações apontarem desvios de verbas destinadas ao combate da pandemia, a operação “Sangria”, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada, nesta quarta-feira (2), com a alta cúpula do governo do Amazonas na mira.
Em sua decisão, o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou as ações da PF contra o governador Wilson Lima (PSC).
Falcão apontou a ação direta de Wilson para fraudar o processo de contratação da Fundação Nilton Lins, que mantém um hospital de campanha na cidade em meio à crise sanitária causada pelo coronavírus.
Em sua decisão, Falcão declarou:
“Há indícios no sentido de que o processo de dispensa de licitação tenha sido montado e datado de forma retroativa para dar ares de legalidade à escolha da Fundação Nilton Lins, feita diretamente por Wilson Miranda Lima, que, além de haver se manifestado publicamente sobre a contratação, segundo elementos de prova coligidos quando da busca e apreensão decretada no inquérito, sempre acompanhou pessoalmente as questões relacionadas à execução do contrato, o que justifica a nova realização da medida de busca e apreensão nos endereços residencial e profissional do governador.”
Segundo a revista Veja, a investigação da PF aponta que o contrato com o hospital foi escolhido pessoalmente pelo governador. O negócio envolveu cerca de R$ 2,6 milhões.
As fraudes em favor do hospital, no entanto, teriam sido ainda maiores, pois as investigações apontaram irregularidades do mesmo tipo em períodos anteriores.