O delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta admitiu, nesta segunda-feira (5), que há possibilidade de disputar um cargo político na próxima eleição e afirmou que, atualmente, tem mais proximidade ideológica com o PRTB, partido do vice-presidente Hamilton Mourão.
De acordo com o delegado, o ingresso na política seria uma “saída” para continuar prestando serviço à sociedade.
O delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta admitiu, nesta segunda-feira (5), que há possibilidade de disputar um cargo político na próxima eleição e afirmou que, atualmente, tem mais proximidade ideológica com o PRTB, partido do vice-presidente Hamilton Mourão.
De acordo com o delegado, o ingresso na política seria uma “saída” para continuar prestando serviço à sociedade.
“Ainda tenho receio, é um caminho obscuro para mim, mas não vejo outra alternativa, porque não sou mais nada, hoje, dentro da Polícia Civil”, afirmou, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
“Não tenho como prestar o serviço que acho que a sociedade merece. Talvez, no campo político, consiga ser melhor para a sociedade do que estou sendo hoje”, acrescentou.
Stringueta foi destituído do comando da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) após uma série de artigos e declarações polêmicas a respeito do Ministério Público Estadual (MPE) e do delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Resende. Hoje, ele é titular da 2ª Delegacia de Polícia, no Carumbé.
Segundo ele, a oportunidade de iniciar uma carreira política surgiu após esses fatos, mas que nunca foi o caminho visualizado por ele antes do início das críticas.
“Nunca pensei em usar aquele artigo [contra o MPE] para me promover politicamente e não esperava, ingenuamente, a repercussão que teve e as consequências que gerou. O que fiz pode me levar a ser candidato, mas não fiz querendo ser candidato”, disse.
PRTB e disputa na AL
De acordo com Stringueta, apesar dos partidos que o procuraram indicarem que ele poderia sair para deputado estadual, federal e até mesmo senador, se puder escolher, ele prefere seguir atuando dentro de Mato Grosso.
“Se fosse para escolher – porque acho que quem escolhe é o partido –, iria preferir ficar aqui no Estado, fazer o meu trabalho aqui, mais próximo da sociedade, se um dia eu realmente me candidatar e for eleito”, disse.
Sondado pelo Podemos, Patriota e PRTB, o delegado – que se define como de direita, a favor da família e bolsonarista – afirmou que possui uma maior proximidade com a legenda do general Hamilton Mourão.
“O PRTB me chama a atenção, porque além de ser o partido do Mourão, que é um político que eu respeito muito e admiro, é um partido que não utiliza dinheiro público nas campanhas, o que acho também que é o correto”, afirmou.
“Se a pessoa tem um plano de vida de ser candidato, ela que banque esse plano. Venda casa, venda carro, faça financiamentos, faz empréstimo, sei lá. É um partido que me chama a atenção por isso”, completou.
Concorrência com Dermeval
Conforme Stringueta, circula nos bastidores que o delegado-geral Mário Dermeval irá sair candidato nas próximas eleições. Questionado se teme concorrer a um cargo eletivo contra o seu atual chefe, ele negou.
Para ele, Dermeval não é conhecido na sociedade e não é unanimidade nem mesmo dentro da Polícia Civil.
“Pouca gente sabe quem é o delegado-geral da Polícia Civil. Se ele quiser todos os votos da Polícia Civil, pode ficar. Mas não acredito que ele vá ter, porque nem dentro da Polícia Civil ele está bem. Ninguém é unanimidade em nada, mas há muitas críticas à administração dele”, avaliou.
“Mas quero reforçar aqui que mesmo com tudo isso que aconteceu comigo, para mim é a melhor diretoria que já tivemos desde que entrei na Polícia em 2001, e está sendo a melhor. Mas isso não o suficiente para ele ser eleito. Não vejo ele como um concorrente à altura. Não é ele que me preocupa”, completou.