O governador Pedro Taques (PSDB) saiu em defesa de quatro membros de seu secretariado, alvos de inquérito civil ou de denúncia por parte do Ministério Público Estadual (MPE).
Na última semana, o MPE pediu o afastamento imediato do secretário de Estado de Comunicação, Kléber Lima, e o denunciou por improbidade administrativa, assédio moral e sexual contra jornalistas que trabalham como assessores de imprensa no Governo.
O governador Pedro Taques (PSDB) saiu em defesa de quatro membros de seu secretariado, alvos de inquérito civil ou de denúncia por parte do Ministério Público Estadual (MPE).
Na última semana, o MPE pediu o afastamento imediato do secretário de Estado de Comunicação, Kléber Lima, e o denunciou por improbidade administrativa, assédio moral e sexual contra jornalistas que trabalham como assessores de imprensa no Governo.
Já os titulares das pastas de Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos e Casa Civil, Rogers Jarbas, Airton Siqueira e José Adolpho, respectivamente, são alvos de inquéritos em investigação relativas ao escândalo dos grampos clandestinos operado no Estado.
“Nenhum deles está sendo investigado por corrupção, por ter roubado, por ter tacado a mão no dinheiro que pertence ao povo de Mato Grosso. Isso será esclarecido”, disse Taques, em entrevista ao programa "Chamada Geral", da Rádio Mega FM.
Ele ainda defendeu seu primo, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que chegou a ser preso no esquema relacionado às escutas clandestinas.
“No tocante ao Paulo Taques, ele já havia saído do Governo. Alias, ele foi preso, contra um parecer do MPE, e até agora não foi denunciado, não foi ouvido, ninguém fala mais nesse caso”, afirmou o governador.
Ainda durante a entrevista, o governador sugeriu que há uma “perseguição” contra membros de seu staff por parte do promotor Mauro Zaque.
Zaque foi o autor de representações encaminhadas ao desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, e que resultaram na abertura dos inquéritos contra Jarbas, Siqueira, José Adolpho e Paulo Taques e na ação contra Kleber Lima.
“O José Adolpho está sendo investigado por uma representação do promotor Mauro Zaque. O Siqueira, por uma representação do Mauro Zaque. O Kleber Lima, por uma representação do Mauro Zaque”, disse o governador.
“A respeito do Kleber Lima, só posso falar depois que nós tivermos acesso à ação. Não tive acesso, não posso me manifestar. O próprio Kleber, que é ‘réu’, precisa ter acesso à ação e ainda não teve. A hora em que eu ler ação, vou tomar as satisfações devidas do secretario de Comunicação”, afirmou.
“Os outros estão respondendo e respondendo na Justiça. Estão se colocando contra essas investigações. Quero aqui citar mais uma vez: não há nenhum caso de corrupção”, concluiu o governador.
Suspeição
Taques inclusive já protocolou, no MPE, um pedido de suspeição contra o promotor Mauro Zaque.
O governador quer que Zaque deixe de investigá-lo ou processá-lo ou a qualquer integrante do seu secretariado.
Segundo Taques, desde a saída de Zaque do Governo – ele foi secretário de Segurança em 2015 –, o promotor teria passado a “nutrir e demonstrar escancarada animosidade” contra o tucano, seja por intermédio de atos diretos ou indiretos por meio da sua equipe.
A ação foi encaminhada ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo.