As tensões entre os EUA e o Irã chegaram a um novo clímax nos últimos dias. Isso porque na segunda (17), os iranianos derrubaram um drone americano sem tripulação que sobrevoava o estreito de Ormuz. Teerã justificou o ataque dizendo que a aeronave estaria violando o espaço aéreo daquele país. Inclusive, segundo o ministério iraniano, eles apresentaram uma queixa formal sobre o caso no Conselho de Segurança da ONU.
As tensões entre os EUA e o Irã chegaram a um novo clímax nos últimos dias. Isso porque na segunda (17), os iranianos derrubaram um drone americano sem tripulação que sobrevoava o estreito de Ormuz. Teerã justificou o ataque dizendo que a aeronave estaria violando o espaço aéreo daquele país. Inclusive, segundo o ministério iraniano, eles apresentaram uma queixa formal sobre o caso no Conselho de Segurança da ONU.
Os americanos, por outro lado, asseguram que o drone do tipo Globol Hawk, que custa cerca de 130 milhões de dólares e tem o porte de um Boeing 737, sobrevoava águas internacionais e que, portanto, foi alvo de um ataque não provocado. O presidente Donald Trump usou o Twitter para chamar o incidente de “um grande erro do Irã”, mas, em um primeiro momento, não deu indicações que retaliaria belicamente.
Entretanto, ontem (21), Trump e a alta cúpula do governo americano, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo e o secretário de Segurança John Bolton, se reuniram por horas com a finalidade de discutir uma resposta ao suposto ataque de Teerã e decidiram por um ataque bélico à diferentes alvos militares do país.
E o ataque estava mesmo autorizado e sendo preparado quando, dez minutos antes, Trump ordenou o recuo. Segue o Twitter em que o próprio presidente americano explica o motivo da decisão:
“Na segunda eles abateram um drone não tripulado que voava sobre águas internacionais. Ontem à noite, estávamos preparados para uma retaliação em três locais diferentes quando perguntei ‘quantos morrerão’. ‘150 pessoas, senhor, foi a resposta de um general.’ 1o minutos antes do ataque eu o cancelei…”.
Trump aproveitou a ocasião para atacar o democrata Obama, responsável pelos acordos que renovaram o poder bélico-nuclear dos iranianos, e ainda declarou que “[…] o Irã não pode ter armas nuclear. Não contra os EUA. Não contra o mundo”.
O pano de fundo dessa disputa é a saída dos EUA do Acordo Nuclear firmado em 2015 entre o Irã e algumas potências ocidentais, lideradas por Obama, que concluiu que o país médio-oriental poderia continuar com seu programa nuclear desde que dentre de certas condições. Os signatários, portanto, deixariam de aplicar sanções à Teerã.
Entretanto, o governo Trump reavaliou a decisão e decidiu sair do Acordo, pois entende que o Irã com grande potencial nuclear é um risco para o mundo – como o próprio Trump disse no tweet acima.
No próximo dia 28, os países envolvidos nesse acordo nuclear farão uma reunião para discutir a melhor saída a esses impasses.