A estratégia da “cortina de fumaça”, criada pelo Partido dos Trabalhadores durante os 13 anos que governou o Brasil, lentamente vai se dissipando. A força-tarefa da Lava-Jato iniciou um processo que ainda terá muitos desdobramentos. Felizmente, hoje em dia é possível aos brasileiros verem mais claramente quem está a favor da lei e da ordem.
A estratégia da “cortina de fumaça”, criada pelo Partido dos Trabalhadores durante os 13 anos que governou o Brasil, lentamente vai se dissipando. A força-tarefa da Lava-Jato iniciou um processo que ainda terá muitos desdobramentos. Felizmente, hoje em dia é possível aos brasileiros verem mais claramente quem está a favor da lei e da ordem.
A revista Veja dedica a capa a uma denúncia que afirma ser exclusiva. A edição da semana que vem, que ainda não chegou às bancas, revela que o PT recebeu 1 milhão de dólares do ditador líbio Muamar Kadafi, para ajudar a campanha de Lula em 2002. Essa informação faz parte da delação premiada que Antônio Palocci negocia há sete meses.
O desdobramento mais extremo seria a cassação do registro do partido, uma vez que a legislação brasileira proíbe o uso de dinheiro de “procedência estrangeira”. Mas quem mora no país sabe que esse tipo de denúncia envolvendo grupos estrangeiros e o PT não é novidade.
Em 2010, a mesma Veja divulgava as “ligações perigosas” de Lula com as FARC. Seriam pelo menos 5 milhões de dólares advindos do narcotráfico para a campanha de 2002. Até hoje, nenhuma consequência prática. As Farc e o Brasil 6 – Na VEJA, Há mais de três anos... Também foi noticiado pela revista e por boa parte da mídia brasileira os 2,6 milhões de euros pagos pela Portugal Telecom para Lula, que mudou a lei das telecomunicações no país para que a empresa portuguesa comprasse a Telemig. MP de Portugal investiga participação de ex-presidente de telefônica no mensalão...
Essas denúncias e investigações não foram capazes de levar Lula e seus companheiros petistas para trás das grades. Mas um “detalhe” parece ter escapado à Veja e seu furo de reportagem exclusivo. Uma denúncia da entrega de dinheiro da Líbia para Lula foi feita pelo deputado federal Jair Bolsonaro, em maio de 2011, e nunca foi apurada.
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Em um vídeo facilmente encontrado no Youtube durante três minutos Bolsonaro lê a ata da 11ª Reunião Extraordinária da Comissão dos Direitos Humanos, realizada em 10 de abril de 2008. Veja o vídeo logo abaixo:
“O assunto é extremamente importante”, destacou o parlamentar carioca. Citando declarações de Marcos Mauro Terena, Bolsonaro lê a descrição do líder indígena sobre o encontro de Lula com e o general Muamar al Kadafi.
“O Lula precisou fazer uma viagem para buscar dinheiro para o PT lá na Líbia e eu fui escalado para viajar”, testemunhou Terena, dizendo ter ficado claro que aquela situação representava um “perigo para a segurança nacional”.
Do alto da tribuna, Bolsonaro questionou publicamente o então ministro da Defesa, Nelson Jobim: “Essa comissão que vossa excelência apoia, apurará isso aqui?”. A resposta, todos sabemos, era negativa.
Kadafi governou a Líbia como ditador. Coronel do Exército, liderou um golpe militar em 1969. Só saiu do poder quando morreu, em 2011, vítima de um golpe similar. Durante seus 42 como presidente, ele se encontrou publicamente com Lula quatro vezes.
A primeira vez foi em 9 de dezembro de 2003, menos de um ano depois do petista tomar posse como presidente. Em 2009, Lula chamou Kadafi de seu "amigo e irmão".
O dinheiro líbio sabidamente financiou grupos terroristas e diferentes movimentos políticos em todo o mundo. Agora Palocci admite que o PT também recebeu verbas. O Ministério Público, acatando a denúncia do ex-ministro, poderá finalmente investigar o que Bolsonaro pedia seis anos atrás.
Na primeira semana de outubro, a Veja estampou em sua capa a famigerada manchete: “A Ameaça Bolsonaro”. Dois meses depois, fica muito claro que a verdadeira ameaça é a organização criminosa que governou o país por mais de uma década, cometendo crimes e tendo relações escusas com vários ditadores. Enquanto isso, seu líder passeia pelo Brasil em pré-campanha, avisando que, se eleito, estabelecerá censura da imprensa, seguindo os passos de seu “amigo, irmão e financiador” líbio.
Originalmente de Exata News / Jarbas Aragão