15/12/2023 às 15h49

Venezuela e Guiana renunciaram ao uso da força e escalada foi contida

Amorim expressou otimismo sobre o resultado das discussões, afirmando: Eu vinha dizendo que seria uma vitória se eles apenas aceitassem uma nova reunião

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Venezuela e Guiana renunciaram ao uso da força e escalada foi contida

Irfaan Ali, presidente da Guiana, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, se cumprimentam após reunião sobre disputa por Essequibo em São Vicente e Granadina Twitter

Em um desenvolvimento significativo para a diplomacia regional, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, informou à CNN que as negociações entre a Venezuela e a Guiana superaram as expectativas iniciais. O progresso foi marcado pelo compromisso mútuo de ambos os países em renunciar à ameaça do uso da força, contribuindo para a redução das tensões na região.

Esta importante reunião ocorreu nesta quinta-feira (14) e contou com a presença do líder venezuelano, Nicolás Maduro, e do presidente guianense, Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas, no Caribe. O encontro, que simbolicamente terminou com um aperto de mãos entre os dois líderes, teve a representação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio de Celso Amorim.

Amorim expressou otimismo sobre o resultado das discussões, afirmando: “Eu vinha dizendo que seria uma vitória se eles apenas aceitassem uma nova reunião. Fomos muito além disso porque Venezuela e Guiana renunciaram à ameaça ao uso da força”. Este avanço representa um passo importante para aliviar as tensões que vinham se intensificando na região.

A situação entre Venezuela e Guiana se agravou após um referendo na Venezuela para anexar a região da Essequibo e a nomeação de um interventor por parte deste país. Em resposta, a Guiana considerou a possibilidade de instalar uma base militar dos Estados Unidos em seu território.

Apesar de os problemas fundamentais permanecerem sem uma solução definitiva, Amorim destacou o sucesso em conter a escalada de tensão e a continuidade das negociações. Ele também enfatizou o papel crucial do presidente Lula na mediação do conflito, considerando a posição geográfica única do Brasil, que faz fronteira tanto com a Venezuela quanto com a Guiana.

Maduro, ao retornar à Venezuela, descreveu as conversações como "vitoriosas". De acordo com Amorim, o sucesso da diplomacia pode ser medido quando ambas as partes conseguem deixar a mesa de negociações com a sensação de terem conquistado algo significativo.

Um novo encontro entre Maduro e Irfaan está programado para ocorrer no Brasil dentro de três meses, demonstrando o contínuo compromisso com o diálogo e a busca por uma resolução pacífica e duradoura para as questões pendentes entre os dois países.