O motorista de aplicativo, Gilberto Mariano, 45 anos, é pai de duas crianças que estudam na rede pública de ensino. E, diante do cenário provocado pela pandemia do coronavírus, se viu obrigado a se adaptar e mudar a forma com que os filhos participam das aulas, essa mudança mexeu diretamente no bolso do motorista, que passa por dificuldades financeiras.
O motorista de aplicativo, Gilberto Mariano, 45 anos, é pai de duas crianças que estudam na rede pública de ensino. E, diante do cenário provocado pela pandemia do coronavírus, se viu obrigado a se adaptar e mudar a forma com que os filhos participam das aulas, essa mudança mexeu diretamente no bolso do motorista, que passa por dificuldades financeiras.
“Infelizmente fomos surpreendidos por essa pandemia, agora temos que se virar para que as crianças não sejam prejudicadas. O problema é que eu não tenho internet em casa e por semana tenho carregado cerca de R$20 em crédito para celular. Minha esposa foi demitida recentemente, pagamos aluguel, fora os outros gastos fixos”, reclamou Gilberto.
Pensando nas famílias mais carentes de Mato Grosso, e que sentem no bolso as mesmas dificuldades do seo Gilberto, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), propôs ao governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a urgente necessidade de se criar o “Auxílio-Conexão”, às crianças e adolescentes carentes da rede pública de ensino, fornecendo plano de dados móveis para que os alunos possam continuar estudando durante o período de isolamento social.
“A educação à distância, mediante o acesso a aulas online ou vídeo-aulas tornou-se a solução mais frequente, porém o custo dos planos ofertados pelas prestadoras de serviços acaba se tornando inviável às famílias de baixa renda, além de inviabilizar a frequência escolar virtual”, argumentou o deputado Max.
Segundo Max Russi, a solicitação em caráter emergencial, oficializada por meio de uma indicação, sugere que o suporte oferecido pelo Estado seja suspenso depois de superada a calamidade da Covid-19. Convém informar, que em Mato Grosso, conforme dados da Seduc, na rede estadual de ensino conta com um universo de 380 mil alunos, divididos em 759 escolas. Retomada das aulas presenciais ainda segue sem previsão.
A iniciativa do parlamentar foi aprovada pela dona de casa Rosângela Amorim, 41 anos, que também precisou se adaptar para atender as necessidades dos seus dois filhos. Mas, a situação dela é um pouco mais complicada, já que não detém de recursos financeiros suficientes para arcar com a despesa semanal com internet.
“Difícil porque os dados móveis não abre qualquer aplicativo, além de consumir muito a internet. Por causa disso, eu ensino os meus filhos com os livros que eles ganharam da escola. Não é nada fácil e sem contar que tem celular que não abre alguns arquivos. Acho o projeto do deputado muito importante, porque tem muita gente carente que não tem condições de pagar uma internet, para acompanhar os estudos dos filhos”, observou Rosângela.
Auxílio federal – O Governo Federal anunciou no dia 17 de agosto, que irá disponibilizar neste segundo semestre, internet gratuita, por rede móvel, para alunos em situação de vulnerabilidade social de universidades e institutos federais.
Neste primeiro semestre, conforme o ministro de Educação, Milton Ribeiro, a meta é atingir 900 mil estudantes do Ensino Superior e da Educação Profissional, Científica e Tecnológica com renda per capita entre meio salário mínimo e um salário mínimo e meio. Nos primeiros seis meses, deverão ser atendidos, 400 mil alunos de 797 municípios. O investimento é de R$ 24 milhões.