05/10/2023 às 17h45

Vídeo gravado em Roma mostra Alexandre de Moraes chamando homem de 'bandido'

Advogados de defesa pediu ao STF a inclusão do material em inquérito

Brasil

Vídeo gravado em Roma mostra Alexandre de Moraes chamando homem de 'bandido'

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado (www.flickr.com/photos/agenciasenado)

Depois de ser hostilizado no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou um dos acusados de "bandido".

A fala consta em um vídeo anexado a um pedido do advogado Ralph Tórtima, que atua na defesa de Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto, para que o STF inclua o conteúdo no inquérito que apura o desentendimento com Alexandre de Moraes.

Depois de ser hostilizado no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou um dos acusados de "bandido".

De acordo com Ralph Tórtima, advogado de defesa, a imagem “comprova a integridade da aludida gravação, assim como realiza a transcrição das falas inteligíveis e responde aos quesitos apresentados”. Conforme Ralph, o conteúdo mostra que não houve ofensas contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Ministro Dias Toffoli, manteve segredo sobre o vídeo que poderia sim, esclarecer o ocorrido no aeroporto italiano. Portanto, não é possível atestar se a versão dos acusados procede. Isso porque Alexandre de Moraes sustentou que o seu filho foi agredido por uma das pessoas. Até o momento, têm-se apenas recordes do original em formato de fotos, ou seja, imagens estáticas da gravação.

Inquérito que apura caso de Alexandre de Moraes em aeroporto italiano em Roma

Na noite de ontem, o relator do inquérito que apura o caso de Moraes em Roma, Dias Toffoli, prorrogou as investigações, por mais 60 dias. Toffoli atendeu a uma solicitação da PF. Conforme a Polícia Federal (PF), é necessário “mais tempo" para concluir a análise do material enviado pelas autoridades italiana.

De acordo com o relator do inquérito Dias Toffoli, a divulgação de fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorreu neste caso.

O Toffoli ainda argumentou que as gravações mostram inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, sem relação com o fato investigado, devendo-se, por isso, ser preservados seus direitos à imagem e à privacidade.