Viver perto de grandes avenidas pode ser prejudicial à saúde cardíaca. Essa é a conclusão de um estudo recente publicado pelo jornal da American Heart Assoation. Intitulada Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, a pesquisa investigou 2.112 pessoas que já passaram por cateterismo cardíaco e, atualmente, vivem a cerca de 0,6 milhas de estradas principais no estado da Carolina do Norte, nos EUA. A conclusão foi que a exposição aos poluentes produzidos pelos carros está associada à ocorrência de problemas na artéria periférica e à pressão arterial elevada tanto em pacientes cardiopatas, quanto entre aqueles que têm alto risco de desenvolver novas cardiopatias.
Viver perto de grandes avenidas pode ser prejudicial à saúde cardíaca. Essa é a conclusão de um estudo recente publicado pelo jornal da American Heart Assoation. Intitulada Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, a pesquisa investigou 2.112 pessoas que já passaram por cateterismo cardíaco e, atualmente, vivem a cerca de 0,6 milhas de estradas principais no estado da Carolina do Norte, nos EUA. A conclusão foi que a exposição aos poluentes produzidos pelos carros está associada à ocorrência de problemas na artéria periférica e à pressão arterial elevada tanto em pacientes cardiopatas, quanto entre aqueles que têm alto risco de desenvolver novas cardiopatias.
“A inalação de poluentes potencializa não só a ocorrência de doenças respiratórias, mas também os riscos para o coração. Hipertensos e idosos são sempre os mais afetados”, diz Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor e autor de estudos sobre a relação da poluição atmosférica com a saúde cardíaca.
Segundo o Dr. Abrão, a poluição atmosférica concentrada no ar por causa dos carros contribui com o aumento da quantidade de substâncias como monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e materiais particulados que absorvemos durante a respiração. “Tanto que em períodos de maior concentração de poluentes no ar, como no inverno, o atendimento a pacientes com hipertensão triplica. Isso porque, ao inalarmos todos esses poluentes, sofremos uma elevação significativa na pressão arterial. Vale lembrar que, além de aumentar a propensão a derrames e infartos do miocárdio, entre pessoas cardiopatas ou com tendência a cardiopatias, esse tipo de problema ocasiona também o aumento de coágulos no sangue, tromboses, aumento na propensão a arritmias cardíacas, vasoconstricção aguda das artérias, reações inflamatórias em diferentes partes do corpo, além do desenvolvimento de aterosclerose crônica”, enumera o Dr. Abrão.
O cardiologista acrescenta que monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e os particulados estão entre os principais poluentes emitidos pelos automóveis. Essas substâncias também podem alterar o endotélio das artérias – que é a camada de revestimento interno destes vasos –, o que afeta ainda mais a saúde cardíaca. “Já é possível associar as substâncias liberadas pelo escapamento dos automóveis com o aumento dos casos de hipertensão arterial registrados no Brasil. Vale lembrar que a doença já afeta de 30% a 35% da população brasileira e é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de infartos e AVCs no país. Portanto, é recomendável que indivíduos com cardiopatias ou com tendência a cardiopatias procurarem orientação médica, caso residam nas proximidades de vias mais movimentadas”, afirma o cardiologista do HCor.
Cuidados com o coração:
. Em casa, feche as janelas para proteger o ambiente da poluição.
. Evite correr, andar de bicicleta ou caminhar perto de vias congestionadas ou com muito trânsito.
. Procure evitar permanecer em locais e horários onde se pode encontrar maior quantidade de poluentes no ar, como os engarrafamentos, por exemplo.
. Sempre que possível, visite locais mais distantes das grandes cidades, onde o ar é menos poluído.