O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) concedeu entrevista ao programa SBT Comunidade, na manhã desta terça-feira (22), e comentou sobre a denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) contra ele na Operação Bereré, que investiga um esquema no Detran-MT, que teria desviado R$ 30 milhões.
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) concedeu entrevista ao programa SBT Comunidade, na manhã desta terça-feira (22), e comentou sobre a denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) contra ele na Operação Bereré, que investiga um esquema no Detran-MT, que teria desviado R$ 30 milhões.
Segundo o parlamentar, existe um exagero por parte do MPE nas Operações Bereré e Bônus.
De acordo com o parlamentar, dos 58 nomes citados na denúncia do MPE, mais de 40 não terão nenhuma relevância na conclusão final da Operação.
“Acho que há exagero por parte do Ministério Público em algumas operações. Você pode anotar aí, das 58 pessoas denunciadas, mais de 40 não vai dar nada”, afirmou Wilson ao dizer que o nome dele estará nesse bojo.
Ainda em entrevista, o deputado disse que disponibilizou os dados da sua conta bancária ao Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) para provar que não recebeu dinheiro desviado do Detran-MT.
“Eu disse ao Gaeco: as minhas contas estão abertas, prova pra mim que dia que esse cheque caiu na minha conta’. Nunca conseguiram provar. Não existe nenhum dos quatro cheques em minha conta”, disse o parlamentar.
Por fim, Wilson Santos afirmou que vai processar o Ministério Público Estadual, pedindo reparação pelos danos causados pela Operação, que segundo o deputado, afetaram a sua imagem.
“Ao final de tudo isso, eu vou processar o Ministério Público, vou pedir reparação da minha imagem. Vou pedir uma indenização por danos morais que eu estou sofrendo. O Ministério Público não prova e nunca provará que eu recebi dinheiro do Eduardo Botelho”, concluiu.
Além de Wilson Santos, da Assembleia Legislativa, também foram denunciados o presidente do Parlamento Estadual, Eduardo Botelho (DEM) e os deputados Mauro Savi, este preso no Centro de Custódia de Cuiabá, José Domingos Fraga (PSD), Baiano Filho (PSDB), Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e Romoaldo Júnior (MDB).
Também figuram como réus o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, este preso no Centro de Custódia de Cuiabá, o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes; o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio Cézar Correia de Araújo
De acordo com o MPE, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas com o ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Teodoro Moreira Lopes, vulgo “Doia”, indicação do deputado estadual Mauro Luiz Savi; e com os sócios proprietários da empresa FDL, atualmente EIG Mercados.
O esquema girou em torno da contratação da empresa responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.
Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais.