São Paulo – Mark Zuckerberg se propôs a criar um sistema doméstico de inteligência artificial no início de 2016. Sua fonte de inspiração era o Jarvis, o robô-mordomo onipresente dos filmes da trilogia Homem de Ferro. Agora, a pouco menos de duas semanas para o fim do ano, o CEO do Facebook concluiu o desenvolvimento do seu próprio Jarvis.
Os métodos de interação com o sistema são três. Zuckerberg e sua família podem usar um chatbot do Messenger, um aplicativo para iPhone que entende comandos de voz e a câmera na porta de entrada para interagir com o Jarvis.
O servidor que centraliza e processa todos os comandos dos usuários conta com tecnologias de reconhecimento de fala, processamento de linguagem e reconhecimento facial.
Por meio do chatbot, é possível dar comandos em texto para acender ou apagar as luzes da casa e também ajustar a temperatura ambiente.
Com o app para iPhones, Zuckerberg pode, por exemplo, pedir para tocar músicas. O sistema reconhece quem fez o pedido e começa a tocar faixas que são do seu gosto. Se Priscilla, sua esposa, der o mesmo comando, músicas que lhe agradam serão tocadas.
O Jarvis também pode começar a tocar músicas similares, caso o usuário queira. Segundo a Fast Company, que visitou a casa do CEO do Facebook, quando pedido para tocar algo parecido com Red Hot Chili Peppers, a música “Smells like Teen Spirit”, do Nirvana, começou a tocar. Ambas as bandas fizeram muito sucesso nos anos 90 e são classificadas como rock.
Ainda assim, quando Zuckerberg pediu para que as luzes se apagassem via comando de voz, foi preciso repetir o pedido por três vezes até que ele fosse atendido.
“Algo que me surpreendeu sobre a minha comunicação com o Jarvis é que quando eu tenho que escolher falar ou escrever, eu usei muito mais o texto do que eu esperava. Isso aconteceu por uma série de razões, mas, principalmente, porque isso parece menos embaraçoso ao redor das pessoas. Se eu estou fazendo algo relacionado a elas, como tocar música para todos nós, então, a fala cai bem naquele momento, mas o texto para mais apropriado na maioria das vezes”, de acordo com o depoimento de Zuckerberg sobre sua experiência.
A câmera da entrada pode reconhecer os rostos das pessoas que chegam à casa dos Zuckerberg. “Fiz um servidor simples que monitora continuamente as câmeras e executa um processo de duas etapas: primeiro, acontece a detecção para ver se há alguma pessoa à vista, e, quando alguém é detectado, ele executa o reconhecimento facial e descobre quem é a pessoa”, diz o CEO. O sistema checa os rostos com uma lista de visitas agendadas e abre a porta automaticamente – ou não.
Zuckerberg planeja abrir o código do seu Jarvis para viabilizar produtos similares a mais pessoas. Por ora, porém, o projeto ainda está muito atrelado à sua própria casa.
Veja o vídeo que mostra o funcionamento do Jarvis a seguir.