O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu nesta quarta-feira, 27, em entrevista à Radio Jovem Pan, críticas de que não seria "carismático", o que dificultaria sua candidatura à Presidência da República em 2018. "O Brasil não precisa de showman. Quem quiser showman vai no show do Tom Cavalcanti, que é um gênio do humorismo. O Brasil precisa de governo, que seja eficiente, que reduza o tamanho do Estado, que faça inclusão, que tenha competitividade, reformas, uma agenda modernizante", disse.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu nesta quarta-feira, 27, em entrevista à Radio Jovem Pan, críticas de que não seria "carismático", o que dificultaria sua candidatura à Presidência da República em 2018. "O Brasil não precisa de showman. Quem quiser showman vai no show do Tom Cavalcanti, que é um gênio do humorismo. O Brasil precisa de governo, que seja eficiente, que reduza o tamanho do Estado, que faça inclusão, que tenha competitividade, reformas, uma agenda modernizante", disse.
Alckmin atacou ainda o que chamou de "discurseira". "Não sou da ribalta. Acho que essa coisa da discurseira, da ribalta, é coisa meio atrasada. Nós precisamos de resultado, de eficiência, de trabalho, falar a verdade para as pessoas. Não tem mágica, é ser transparente."
Alckmin já anunciou sua intenção de disputar novamente o Palácio do Planalto - ele foi candidato em 2006, quando foi derrotado no segundo turno pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Internamente, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, também postula a indicação como presidenciável do PSDB em 2018.
Para o governador, a eventual realização de prévias no partido para definir os candidatos que concorrerão aos cargos majoritários deveria ocorrer antes de março do ano que vem. Esse é o prazo final da janela partidária, quando políticos podem mudar de legenda para concorrer.
Sobre o apoio ao vice-governador Marcio França (PSB) em uma eventual candidatura ao governo do Estado, ao mesmo tempo em que o PSDB também deve lançar um candidato próprio, Alckmin avaliou que o ideal seria que a coligação entre os dois partidos se mantivesse, mas, caso não seja possível, disse que a aliança pode ser retomada em um eventual segundo turno.
"É legitimo, é natural. Qualidades não lhe faltam. Mário Covas dizia que ele (França) foi um dos melhores prefeitos de São Vicente. O ideal é que estejamos juntos e tem tempo para isso", afirmou. "Ideal é que mantivéssemos coligação, (mas) se não tivermos, para isso temos segundo turno."
Para Alckmin, a questão de uma eventual saída de João Doria (PSDB) da Prefeitura é de "foro íntimo". "De um lado é cedo você deixar a Prefeitura, no segundo mandato é mais natural do que no primeiro. Agora, de repente, a população pode entender que é uma alternativa para o governo do Estado. Doria é muito trabalhador, inteligente, preparado. Acho que ele vai tomar essa decisão mais próximo do tempo que é a primeira semana de abril."
Lava Jato
Ao falar sobre a influência da Lava Jato nas eleições do próximo ano, Alckmin afirmou que a operação mudou o Brasil e que o saldo é positivo, por causa do fortalecimento das instituições. Para ele, "ninguém vai segurar" a operação.
Alckmin foi citado na delação da Odebrecht e a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de inquérito contra o governador no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O procedimento está sob segredo de Justiça. O governador nega qualquer irregularidades.
O tucano também voltou a dizer que o governo é vítima no caso do cartel no setor metroviário em São Paulo. "Se tiver algum agente público envolvido ele será punido."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.