Em reportagem assinada por Ancelmo Gois e publicada nesta terça-feira 29/01/2019 no jornal O Globo, o colunista faz fortes acusações ao ministério da Educação imputando responsabilidade à gestão atual pela retirada de conteúdos sobre personagens como Karl Marx, Friedrich Engels, Marilena Chauí e Jean Wyllys da TV Ines.
Em reportagem assinada por Ancelmo Gois e publicada nesta terça-feira 29/01/2019 no jornal O Globo, o colunista faz fortes acusações ao ministério da Educação imputando responsabilidade à gestão atual pela retirada de conteúdos sobre personagens como Karl Marx, Friedrich Engels, Marilena Chauí e Jean Wyllys da TV Ines.
Gois afirma em sua coluna, segundo o próprio periódico destaca:
“Ligada ao Instituto Nacional de Educação para Surdos (Ines), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), a TV tirou do ar uma série de vídeos que abordavam personagens ou temas associados à esquerda”
O MEC acaba de divulgar comunicado oficial não somente desmascarando o viés ideológico, bem como a intenção de criar uma falsa narrativa dos fatos relatados pelo colunista, destacando entre outras coisas que a prática “denunciada na reportagem”, era parte do expediente de organizações como a KGB (Comitê de Segurança do Estado Soviético), instituição diretamente ligada ao treinamento de pessoas em marxismo e leninismo em diversos países do mundo, formação esta, recebida e declarada pelo próprio Ancelmo Gois. Confira comunicado na íntegra:
COMUNICADO DO MEC
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) instaurou sindicância para obter todas as informações relacionadas à retirada sem autorização de alguns vídeos do seu site e atribuir as devidas responsabilidades. A diretoria do Ines também tomou a decisão de reinserir no site os vídeos que foram apagados.
A apuração preliminar já identificou, entretanto, que os vídeos foram retirados em abril e em novembro de 2018, o que demonstra que a nota publicada na coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo do dia 29 de janeiro de 2019 é tanto falsa quanto maldosa ao atribuir a responsabilidade ao Ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, que só assumiu o Ministério em janeiro deste ano.
Ao contrário do que quer fazer crer o colunista, ludibriando dessa forma os leitores do jornal O Globo, durante a sua vida como docente, o ministro da Educação sempre ensinou e defendeu a pluralidade e o debate de ideias, recusando-se a adotar métodos de manipulação da informação, desaparecimento de pessoas e de objetos que eram próprios de organizações como a KGB, o serviço secreto do governo comunista na antiga União Soviética, que na década de 1960, quando de sua fuga do Brasil para a Rússia, protegeu e forneceu identidade falsa para o colunista de O Globo. Na época, segundo ele próprio declarou em entrevista ao site da Associação Brasileira de Imprensa em 2009, Ancelmo Gois foi treinado em marxismo e leninismo na Escola de Formação de Jovens Quadros do Partido Comunista soviético.
Cabe lembrar também que, como dito em diversas oportunidades em nossos programas no canal do Terça Livre, o escritor Osvaldo Peralva, em seu livro “O Retrato”, conta com detalhes alguns outros treinamentos para jornalistas brasileiros promovidos pelo comitê central do partido comunista da União Soviética.
E para quem deseja aprender mais sobre o tema, recomendamos a leitura do Livro “1964, O Elo Perdido”, disponível em nossa livraria.
Link: https://livraria.tercalivre.com.br/1964-o-elo-perdido