As infecções adquiridas durante a hospitalização e que não estavam em período de incubação no momento da internação são chamadas de infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras) ou infecções hospitalares. As Iras constituem-se em um grave problema de saúde pública. Elas estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade, determinam aumento do tempo de internação hospitalar e, consequentemente, elevado custos adicionais para o tratamento do doente.
As infecções adquiridas durante a hospitalização e que não estavam em período de incubação no momento da internação são chamadas de infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras) ou infecções hospitalares. As Iras constituem-se em um grave problema de saúde pública. Elas estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade, determinam aumento do tempo de internação hospitalar e, consequentemente, elevado custos adicionais para o tratamento do doente.
Segundo o presidente da Sociedade Paulista de Infectologista, Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros, a ocorrência de uma infecção hospitalar não indica, necessariamente, que o hospital ou sua equipe tenha cometido um erro na assistência prestada ao paciente. As medidas preventivas atuais não conseguem evitar todas as Iras. “A responsabilidade médico-legal com relação à infecção hospitalar ocorre quando se pode demonstrar que os médicos ou a equipe assistencial foram negligentes no cumprimento dos padrões apropriados de tratamento e que uma infecção resultou de desempenho incompatível com os padrões vigentes na instituição”, explica o presidente.
No Brasil, estima-se que entre 3 e 12% dos pacientes internados contraem alguma infecção hospitalar durante a hospitalização. Dados norte-americanos mostram que os efeitos diretos das infecções hospitalares chegam a 30 mil ou mais óbitos por ano, com custos diretamente relacionados ao excesso de dias da hospitalização atingindo mais de 5 bilhões de dólares anualmente.
“Esta realidade precisa de mudanças. Por um lado, torna-se necessário maior compromisso dos poderes municipais, estaduais e federal, com a administração dos hospitais, visando maior qualidade e segurança do atendimento ao paciente. De outro lado, torna-se necessário ampliar os programas de orientação para a prevenção e controle das Iras, pois trabalhamos com profissionais de saúde carentes de conceitos básicos. Neste sentido, são fundamentais programas de educação continuada, tanto a nível institucional como fomentados por entidades governamentais, além da introdução de conteúdos específicos de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde e de segurança do paciente nos cursos de graduação da área da saúde”, finaliza Medeiros.